Baleiro,
balas!
Baleiro,
balas!
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Era
assim, dentro dos cinemas antigos, que os vendedores de balas e guloseimas,
chamavam a atenção do público para seus produtos. Tudo dentro dos cinemas de
bairro, dizendo em alto e bom tom:
Baleiro,
balas!
Baleiro,
balas!
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Hoje,
em alguns cinemas, de Shopping, logicamente, pois em bairros das cidades não há
mais cinemas, alguns vendedores de balas ainda oferecem dentro dos cinemas seus
produtos adocicados. Mas são poucos.
O que
temos são grandes balcões nas salas de espera que nos oferecem balas,
refrigerantes e "sacolões" de pipoca. A maioria compra pipoca nas embalagens
enormes.
Entram
nos cinemas e os espectadores logo percebem: "As pipocas em primeiro lugar,
pois as embalagens são tão grandes". Quando inicia o filme só se ouve o
mastigar das pessoas e o cheiro das pipocas .
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Nota-se
hoje que pessoas com alguma idade vendendo balas - "balas de goma" - nas
esquinas. Com muita cordialidade. Em várias horas do dia, não importando a
temperatura e também com chuva. Lá estão elas a nos oferecer as "balinhas" em
seus pacotinhos. Balas de goma redondinhas... Muito gostosas!
São
pessoas, como disse anteriormente, já com alguma idade.
É a
falta de emprego para as pessoas que atingiram certa idade.
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A
longevidade das pessoas aumentou e estas ficam sem fazer muita coisa e a "tal"
aposentadoria é muito "minguada", logo vem a percepção de uma criatividade para
passar as horas do dia:
Baleiro,
balas!
Baleiro,
balas!
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É a
vida!
É a
realidade.
Realidade
das nossas esquinas.
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Já não
são só as criancinhas nos solicitando "algo" para comer.
Já não
são só os entregadores de publicidade de apartamentos.
Agora
temos os vendedores de balas:
Baleiro,
balas!
Baleiro
balas!
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Realidade?!
Por David Iasnogrodski