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Dez sinais de que uma empresa pode pedir recuperação judicial


Publicada em 08/01/2018 às 16:00h 

Advogado especializado aponta os sinais que, segundo ele, valem para empresas de todos os portes e setores

 

Para Wirthmann Vicente, os indícios de que uma companhia está prestes a entrar com pedido de recuperação judicial são basicamente os mesmos, independentemente do porte e setor de atuação. A seguir, ele lista dez desses sinais.

 

"Apresentar de um a três destes sinais já é motivo de preocupação", diz ele. "Identificar os problemas financeiros em fases iniciais facilita a busca de soluções".

 

1)    Rolagem de dívidas  - O sinal mais preocupante é quando a empresa começa a ter dificuldades em honrar suas dívidas, rolando em vencimentos com frequência sem amortizar.

 

2)    Taxas de juros mais altas  - O cenário começa a se deteriorar, com um abismo muito grande entre as taxas de juros oferecidas a empresas saudáveis e aquelas que sua empresa está sendo obrigada a pagar. Esse é um sinal de que as instituições já consideram sensivelmente os riscos de crédito à sua empresa.

 

3)    Dificuldade em captar crédito  - As principais instituições já não concedem crédito à sua empresa, que é obrigada a recorrer a players menores e variados, com taxas maiores.

 

4)    Inadimplência  - Contas começam a atrasar e diversos títulos da empresa começam a ser protestados. O atraso no pagamento de impostos também pode empurrar uma empresa para uma situação de risco. A constante repactuação e não cumprimento dos termos negociados é fatal para a credibilidade da empresa. 

 

 5)    Capital de giro em frentes não usuais -  Despesas operacionais básicas começam a ter seus pagamentos atrasados para compensar a falta do capital de giro. Um exemplo é a conta de luz, que passa a atrasar, sendo paga apenas no limite para o corte.

 

6)    Demissões sem pagamento de rescisão -  As dívidas começam a chegar no âmbito trabalhista, com demissões sendo realizadas sem o pleno pagamento dos direitos aos funcionários e colaboradores dispensados.

7)    Oneração de patrimônio -  Ativos da empresa começam a ser vendidos ou hipotecados em condições muito inferiores ao valor de face.

 

8)    Fornecedores precificam riscos -  As empresas parceiras começam a reagir diante dos atrasos nos pagamentos com reduções nos prazos de pagamento e preços maiores que os praticados com outros clientes. As notas que antes tinham pagamentos com vencimentos em 60 dias começam a ter pagamentos exigidos em 30, 15 dias ou mesmo à vista em casos extremos.

 

9)    Fragilização das relações com os clientes -  O sucessivo não comprimento de prazos nas entregas pode gerar a utilização de mecanismos não usuais no relacionamento, como clientes optarem pela compra de matéria prima para a empresa em vez de fazerem o pagamento convencional.

 

10) Danos de imagem -  A crise da empresa já é conhecida por toda o mercado e concorrentes e a situação começa a vazar pra mídia. A exposição pública agrava a situação com clientes, fornecedores, funcionários, acionistas e público final.

 

Fonte: Mirar Gestão








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