Mais do que investir em novas tecnologias, a
empresa deve entender a nova cultura digital do mercado e expandir os modelos
de negócios, serviços e inovação
O brasileiro
passa mais tempo na internet do que em qualquer outra plataforma de mídia, e,
portanto, as formas de ofertas produtos e serviços aos usuários mudaram. Não
basta mais investir apenas em propagandas tradicionais. O empresário,
independente do tamanho do seu negócio, deve ficar ligado aos novos hábitos dos
consumidores. Em um universo conectado, é vital traçar uma estratégia de
comunicação que te diferencie dos concorrentes. Mais do que investir em novas
tecnologias, a empresa deve entender a nova cultura digital do mercado e
expandir os modelos de negócios, serviços e criação de novos produtos.
Alcançar o
sucesso para surfar na nova onda da transformação digital requer uma diretriz
estratégica, que esteja alinhada com o modelo de gestão. Todo o processo
precisa ser desenvolvido com o pensamento no comportamento do consumidor,
garantindo que o produto ou serviço gere mais valor a ele. A adaptação da
empresa na transformação digital é uma jornada que deve estar sempre em
processo de aperfeiçoamento. Investimento em tecnologia e estrutura é fator
determinante para oferecer ao cliente uma boa experiência de compra virtual. A
empresa deve se concentrar em acompanhar o estoque em tempo real e em
diferentes canais, além de monitorar o comportamento de compra dos seus
clientes, para aumentar a possibilidade de conversão do canal digital.
Oportunidade
de aprendizado
Uma grande
oportunidade de aprendizado com relação à atual revolução digital é o Big
Show, que anualmente reúne o varejo mundial em Nova York. Promovido
pela National Retail Federation (NRF), o evento tem duração de três
dias com intensos debates e apresentações dos principais atuantes do segmento,
apresentando as principais inovações tecnológicas e estratégicas do mercado.
No evento de
2018, a varejista americana Amazon foi fonte de inspiração
para as demais empresas atuantes no setor. A gigante é lembrada por mais de 50%
dos americanos quando o assunto é compras online. A Amazon seguiu
um roteiro para chegar ao topo do segmento: trabalhou as operações on e off-line de
forma unida e inteligente, organizou dados do histórico de compra dos clientes
e identificou comportamento do consumidor, o que possibilita que a empresa
desenvolva soluções personalizadas para os compradores.
Dentro desse
espírito há também alguns aspectos importantes a serem considerados para quem
empreende no setor varejista e pretende expandir o mercado para as
plataformas digitais:
Omnichannel
A
convergência de todos os canais utilizados pela empresa. O conceito permite que
o consumidor use todos os canais simultaneamente, assegurando que a experiência
na loja física seja complementada pelo atendimento digital.
Inteligência
Artificial
Com o uso da
IA (ou AI na sigla em inglês) é possível detectar o momento de decisão do
cliente e disponibilizar uma oferta personalizada, por exemplo. A automatização
de uma série de tarefas através do conceito de Machine Learning tem
ganhado destaque na agenda de mudanças do varejo. O Machine Learning trabalha
com algoritmos que analisam os dados do sistema em tempo real e gera soluções e
tomadas de decisões de maneira ágil e eficiente.
TI no centro
do negócio
Operações de
varejo sem tecnologia já não são mais possíveis. Investir em TI é identificar
as diretrizes do negócio e direcionar o plano de ação para a entrega da melhor
solução e do melhor produto ao cliente. A tecnologia diminui os riscos
associados aos processos de produção e é uma grande aliada na organização e
padronização das experiências.
As startups
Elas se
fundamentam no artifício de solucionar o problema de um número elevado de
pessoas. Com o advento da tecnologia, as necessidades e demandas pessoais
cresceram e, consequentemente, novas soluções surgiram.
Fonte: SEBRAE-RS/Debora Chagas (Coordenadora
Estadual da Startups e Economia Digital do SEBRAE RS)