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A árvore que falava


Publicada em 09/10/2018 às 16:00h 

Conta-se uma estória que há muitos anos atrás um determinado fazendeiro, necessitando ampliar seus galpões, resolveu cortar uma árvore para ali construir mais um galpão. Com isso, resolveria dois problemas: teria o espaço e as primeiras madeiras para construir. Tratava de uma árvore de reflorestamento, mas era grande e forte. E, tinha mais uma curiosidade, a árvore falava - expressava seus sentimentos. Então, a cada machadada que o fazendeiro dava a árvore reclamava do fio do aço do machado, da força do fazendeiro, etc. Enfim, a árvore praguejava mais e mais a cada pancada recebida do machado. Ao mesmo tempo, ela usava todas as suas forças para manter-se em pé.

Como a árvore era muito resistente e, após diversos golpes com o machado sem perceber muito sucesso, o fazendeiro resolveu colocar uma cunha de madeira na parte que já havia cortado. A partir daí, com uma grande marreta foi batendo na cunha de madeira até que venceu e a árvore caiu. Enquanto a árvore caia ela gemia e falava:

- Quanto ao aço do machado e da marreta ou a força do fazendeiro, eu não reclamo tanto, não são da minha espécie. Mas, não posso admitir e jamais me esquecerei de que uma cunha de madeira, da minha espécie, me traiu. Dói muito menos o ataque de um desconhecido que o de um amigo.

Lições:

Trazendo essa estória para o nosso dia a dia, embora seja sabido que não devemos atacar ninguém, muito menos devemos insultar aqueles que estão mais próximos de nós. No âmbito pessoal, a nossa família, nossos amigos e nossos vizinhos. No âmbito profissional, os nossos colegas de trabalho e/ou de profissão. No âmbito empresarial, os que atuam na nossa atividade (nossos concorrentes).

Diariamente, muitas cunhas de madeiras são usadas para derrubar árvores. Mas, as árvores não falam, exceto essa árvore da nossa estória. Portanto, ela se expressou. Falou de sua tristeza pela traição da cunha de madeira (mesma espécie). Nós, quer num ato isolado (numa machadada) ou tentando resolver mais de um problema de uma vez só (cortar a árvore para liberar espaço e para ter parte da madeira para construir) machucamos quem nos rodeia. Para quem bate, parece que é normal. Pois, como regra, os feridos não falam, guardam para si a dor da traição. Mas, quem apanha não esquece. Fica ferido.

Muitas vezes aqueles que estão a nossa volta conseguem suportar as pancadas de um estranho (machado) e manter-se de pé. Mas, quando recebe um golpe dos seus (da cunha de madeira) não resiste e cai. É derrotado. Assim como aquela cunha foi fundamental para derrubar aquela árvore, a minha e a sua traição pode ser determinante na queda de uma pessoa que por nós foi ferida.

Portanto, vamos nos policiar para não ferir ninguém (pessoa de bem), muito menos, aqueles que estão perto de nós (familiares, amigos, vizinhos, colegas e concorrentes). Mas, se deslizarmos e ferirmos alguém, vamos pedir desculpas. Pedir perdão. Se você está do outro lado e foi machucado, perdoe. A vida é muito curta para a gastarmos carregando mágoas.

Marcone Hahan de Souza

Contador e Administrador. Professor Universitário. Sócio da M&M Assessoria Contábil






Sobre o(a) colunista:



Marcone Hahan de Souza

Administrador e Contador. Sócio da M&M Assessoria Contábil.



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