Produtos piratas
são inseguros e não poderiam ser comercializados, mercê do risco que acarretam
à saúde dos consumidores.
A pirataria,
infelizmente, cresce a cada dia no Brasil. Muitos consumidores prendem-se exclusivamente
ao preço dos produtos e acabam deixando de lado a exigência de padrões mínimos
de qualidade. Certamente é o preço que estimula também a busca por brinquedos
piratas. Mas o barato pode sair caro.
É função do Estado
impedir a venda de produtos piratas em geral. Entretanto, sabe-se que isso não
vem acontecendo e uma série de fatores, principalmente o preço e a oferta
abundante, acabam estimulando a compra por parte do consumidor e,
consequentemente, mantendo vivo esse segmento do mercado.
Produtos piratas
são inseguros e não poderiam ser comercializados, mercê do risco que acarretam
à saúde dos consumidores. Os produtos nacionais e regularmente importados estão
sujeitos a rígido controle de qualidade, exercido pelo INMETRO e, ainda assim,
problemas ocorrem. Se existem recalls de produtos legais, o que se dizer dos
produtos piratas?
Esses produtos são
mais baratos por uma série de fatores, começando pela sonegação de impostos,
pelo emprego de mão de obra barata, com o desrespeito às normas trabalhistas,
pela utilização de componentes e tecnologia de baixa qualidade, que resultam em
produtos absolutamente não confiáveis.
Se os consumidores
não se sensibilizam com o fomento da criminalidade que se dá a partir da
aquisição de produtos piratas ou diante da sonegação de impostos, que impede
que sejam geradas melhorias para a população, devem se preocupar com o risco
grande à saúde que eles acarretam.
Brinquedos piratas
costumam soltar peças, soltar tinta, sem falar que os próprios componentes utilizados
devem gerar desconfiança, já que não se sabe a composição das tintas e peças,
possivelmente tóxicos, que colocam em risco a saúde de quem usa e que, no caso
de acidente, impedem a atuação precisa dos médicos, que não sabem que
providências adotar pelo desconhecimento da sua composição.
A venda de
produtos piratas prejudica o mercado de consumo, levando ao desaparecimento de
pequenos fornecedores que não têm condições de competir com os baixos preços,
porque, exercendo regularmente sua atividade, estão sujeitos ao recolhimento de
pesados impostos, inúmeros encargos trabalhistas e a rígido controle de
qualidade, concebido para proteger os consumidores.
É importante o
consumidor comprar em estabelecimentos regulares, e não em camelôs, produtos de
marcas e origem conhecidas e certificados pelo INMETRO. Não existe dinheiro que
pague a vida, a saúde e a segurança das nossas crianças.
Por Arthur Rollo