Entre 2007 e 2017, as ocupações que mais ganharam
espaço no mercado de trabalho estão relacionadas à saúde, educação infantil,
agroindústria e tecnologia da informação
Algumas profissões apresentaram um crescimento
significativo nos últimos anos, segundo os dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho. As 20 ocupações que mais
tiveram acréscimo na quantidade de profissionais entre 2007 e 2017 estão
ligadas à saúde, educação infantil, agroindústria e tecnologia da
informação.
A ocupação que mais cresceu no período
analisado está relacionada ao envelhecimento da população. Os cuidadores de
idosos tiveram um aumento de 547%, passando de 5.263 profissionais em 2007 para
34.051 em 2017, dos quais 85% são mulheres com o ensino médio completo. Os
estados onde a atividade mais expandiu foram São Paulo, com 11.397 postos de
trabalho criados no período; Minas Gerais, com 4.475 postos, e Rio Grande do
Sul, com 2.288.
Segundo o ministro do Trabalho, Caio Vieira
de Mello, o mercado de trabalho é muito dinâmico e os trabalhadores precisam de
qualificação profissional para acompanhar as constantes mudanças provocadas
pelas demandas da sociedade. "Focados nas necessidades do mercado, lançamos
cursos como o Cuidando de Pessoas Idosas, que está entre os 10 cursos mais
procurados na Escola do Trabalhador", destacou o ministro. "O trabalhador
qualificado é aquele que será empregado. Dado o desenvolvimento do mundo, todos
precisam estar preparados para ter um futuro assegurado", acrescentou.
O professor de nível superior na educação
infantil é a segunda profissão com maior avanço nos últimos anos e registrou um
aumento de 398%, saindo de 8.513 em 2007 para 42.391 trabalhadores em 2017. O
maior acréscimo foi de profissionais do sexo masculino, entre 30 e 49
anos.
Os preparadores físicos ocupam a terceira
posição no ranking das profissões que mais avançaram. Com um crescimento de
327%, saltou de 6.932 trabalhadores em 2007, para 20.952 em 2017. A ocupação
tem maior participação masculina, na faixa etária de 25 a 39 anos. O
maior crescimento desses profissionais foram registrados em estados da região
sudeste: São Paulo registrou o aumento 6.149 postos de trabalho; Rio de
Janeiro, 3.374, e Minas Gerais, 2.618 postos.
Na Agroindústria, os operadores de
colheitadeira cresceram cerca de 253%, um aumento de 4.282 operadores em 2007
para 15.110 em 2017. A maior parte desses trabalhadores são homens entre 25 e
49 anos, com o ensino médio completo. Dos 10.828 postos criados no período,
5.552 foram em São Paulo, 1.158 em Goiás, e 1.158 no Paraná.
Na quinta posição aparecem os analistas de
informações (pesquisadores de informações de rede), com um aumento de 224%.
Foram 8.991 vagas de emprego criadas 2007 e 2017. A maioria dos analistas
são homens com ensino superior completo.
Futuro do Trabalho - Em 2018, o Ministério do Trabalho
criou o Comitê de Estudos Avançados sobre o Futuro do Trabalho, dedicado a
estudar e propor formas de preservação do emprego diante dos desafios dos novos
tempos. Profissões com tendência de extinção e áreas de trabalho em expansão
estão entre os temas discutidos pelo grupo, que conta com representantes do
governo, do judiciário, das entidades representativas de classe e sindicais e do
meio acadêmico. O comitê realizou, ao longo deste ano, reuniões em Brasília,
audiências públicas em capitais do país e a coleta de sugestões em uma consulta
pública realizada pela internet. Os resultados desse trabalho serão
apresentados pelo ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello, em Brasília, no
dia 20 de dezembro.

Fonte: Ministério do Trabalho/Assessoria
de Imprensa