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Como não perder dinheiro com a inadimplência


Publicada em 12/03/2019 às 09:00h 

Nunca se vendeu, em suaves prestações, tantos carros, casas e materiais de construção quanto no ano passado no Brasil. Com certeza, um conjunto de fatores contribuiu para a expansão do crédito, entre eles podemos destacar a estabilidade econômica, o crescimento do número de pessoas empregadas, o aumento real da renda dos brasileiros e as facilidades de crédito. Porém, nem tudo serve de motivo para comemoração. Na euforia de consumir antes de poupar, ressurgiu o temido fantasma da inadimplência no varejo. O que leva os consumidores à inadimplência? São muitas as dificuldades que impossibilitam o cumprimento de obrigações financeiras contraídas, entre elas podemos citar a falta de planejamento financeiro e de controle dos gastos, o comprometimento da renda com outras despesas, o desemprego, a compra para terceiros, o atraso nos salários e até a má fé. Quando se trata de conceder crédito é bom lembrar que "cautela e caldo de galinha, não fazem mal para ninguém".

Neste caso, como tantos outros na vida, a prudência recomenda que "é melhor prevenir do que remediar". Como fazer a análise prévia de crédito e evitar o calote? A prevenção começa com o cadastramento completo do candidato ao financiamento, seguido pelo acesso às informações dos órgãos de proteção ao crédito e empresas especializadas, que vendem informações que possibilitam a análise do padrão de comportamento do consumidor em pagamentos ou financiamentos anteriores. Também ajuda as empresas a se blindarem contra a inadimplência contar com analistas de crédito internos, comprometidos e bem preparados, capazes de identificar o grau de comprometimento da renda dos consumidores, que em caso de risco visível, recusam-se a vender, exigem valores maiores de entrada, encurtam os prazos de pagamento e em alguns casos duvidosos, autorizam as vendas no máximo em três pagamentos com 40% de entrada.

Faz parte do arsenal de medidas preventivas ao calote, exigir a apresentação de documentos pessoais, de comprovante de residência, de comprovante de renda, seguidos pela realização de consulta aos serviços de proteção ao crédito, a solicitação de apresentação de cartões de crédito e débito, a apresentação de carnês quitados de outras lojas e em alguns casos mais críticos, a apresentação de fiadores ou avalistas. A lucidez recomenda a busca de confirmação dos dados fornecidos pelo candidato ao financiamento, incluindo o número do telefone e endereço residencial, o local de emprego, os nomes e telefones de pessoas conhecidas fornecidos como referência. Há empresas varejistas sólidas que se responsabilizam pela entrega dos produtos comprados no domicílio dos compradores, de forma a poder checar os endereços dos mesmos, a fim de terem certeza que os localizarão em caso de inadimplência.

Caso a empresa aceite pagamentos com cheques com restrições, deverá comunicá-las em local visível dentro do estabelecimento comercial, de maneira a não constranger os clientes, por exemplo, informando que somente aceita pagamento com cheques mediante a apresentação de CPF, RG e com consulta aos órgãos de proteção ao crédito, que não aceita cheques de terceiros, que somente aceita cheques de contas bancárias abertas a partir de doze meses, etc. Pode-se também, simplesmente recusar receber pagamentos com cheques, desde que isso seja comunicado explicitamente, de forma a não constranger as pessoas. Acredito que mais inteligente que se recusar a vender a vista mediante o pagamento com cheque, é condicionar a entrega das mercadorias ao prévio desconto dos mesmos. O uso de cartões de crédito está cada vez mais popularizado, é prático para os consumidores e dá uma maior segurança aos comerciantes, mas requer a adoção de alguns cuidados, como apenas aceitar pagamentos através de cartões de crédito mediante a apresentação de documento de identidade e assinatura do titular nas faturas.

Normalmente excetuam-se desta exigência as vendas realizadas através de cartões corporativos, os cartões de crédito com senha e as compras por telefone e via internet. Ao vender a crédito lembre-se que pior do que não vender, é vender e não receber. 

Por Soeli de Oliveira






Sobre o(a) colunista:



Soeli de Oliveira é Consultora e Palestrante do Instituto Tecnológico de Negócios, nas áreas de Varejo,Vendas, Motivação e Atendimento - E-mail: soeli@sinos.net - Fone: (51) 9674-8677 - Novo Hamburgo – RS.



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