Imóvel na esquina das ruas Dr Flores e
Voluntários da Pátria ainda não tem o visual da nova inquilina.
O prédio onde
antes funcionava o Hipo Fábricas recebe um novo empreendimento nesta
sexta-feira (22), a primeira loja da rede varejista Lojas Torra em solo gaúcho.
A unidade em Porto Alegre será a loja de número 50 e marca a expansão da rede
na Região Sul e alcançando sete estados no País. A Torra está também em
Alagoas, Ceará, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Sergipe. O imóvel na
esquina das ruas Dr Flores e Voluntários da Pátria ainda não tinha nesta terça-feira
(19) o visual da nova inquilina. Com seções de moda feminina, masculina,
infantil, juvenil, tamanhos grandes, bebê, e lar e decoração, a filial em Porto
Alegre ocupa mais de 4,4 mil metros quadrados, sendo 1,3 mil de área de vendas.
O empreendimento
abriu 135 empregos diretos e cerca de 300 indiretos, informou a rede. Segundo a
Torra, as contratações já ocorreram. Os funcionários foram treinados para atuar
na unidade gaúcha. No total, a rede soma 3 mil funcionários. A operação Porto
Alegre é a segunda da varejista no Sul. A primeira funciona em Londrina, no
Paraná.
O sócio-diretor
da Torra, Márcio Ruiz, informou que mais sete lojas serão abertas ainda no
primeiro semestre no Sul. Além de Porto Alegre, outra filial gaúcha estreará em
Pelotas. Em Santa Catarina, Criciúma e Florianópolis receberão unidades.
No Paraná, a Torra vai entrar em Curitiba, Ponta Grossa e São José dos Pinhais.
A rede pretende inaugurar ainda até junho uma unidade no Amazonas e outras
cinco no estado de São Paulo. A empresa pretende chegar a 70 lojas até o final
de 2019.
''A inauguração de
novas operações é um marco na nossa expansão. Estamos felizes com a abertura da
primeira loja na Capital gaúcha. As expectativas quanto à operação são as
melhores'', afirma o sócio-diretor da Torra. A rede paulista é mais
uma a apostar na atração de clientes no Centro Histórico. As gaúchas Lebes e
Grazziotin abriram pontos em 2017 e 2018, respectivamente. A Pernambucanas vai
abrir na rua dos Andradas.
O presidente da
Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Alcides Debus, observa
que os movimentos indicam que o "Centro continua sendo o local de maior
fluxo de pessoas do Estado e que tem um comércio muito forte". Para Debus,
a condição explica a atração para grandes empresas, que dominam as
inaugurações. O que os grandes varejos têm, dificultando a concorrência
dos pequenos, é escala e eficiência, com ganhos que permitem investimento em
tecnologia e até bancar salários melhores, lista o dirigente. "As pequenas
lojas que fecharam nos últimos anos dificilmente vão reabrir", contrasta o
presidente da CDL-POA.
No imóvel que será
ocupado pela rede paulista, funcionavam justamente pequenas operações de
comércio, a maioria microempreendedores. Debus avalia que a segurança
pública está melhor na região. A exigência da prefeitura para que proprietários
de imóveis consertem calçadas também começa a mudar o ambiente fora das lojas,
aponta o lojista. Mas há muito ainda a fazer, admite ele, citando que o aspecto
físico das ruas, a limpeza e o tráfego ajudam nos negócios. "Sempre
brinco: gosto que as pessoas olhem mais para as vitrines e menos para as
calçadas."
Fonte: Jornal do Comércio (RS)