Estudo do Sebrae aponta que escolaridade tem
influência na formalização dos negócios no Brasil
Comércio é o setor com maior nível de
empreendedores formalizados e, segundo a pesquisa.
A pesquisa
Empreendedorismo Informal no Brasil divulgada recentemente mostra um cenário em
evolução no País quando o assunto é abrir um negócio próprio, mas revela que,
mesmo com os avanços da legislação, ainda há um longo caminho a ser trilhado
rumo à formalização e aos benefícios que esta condição proporciona. De acordo
com o levantamento, dos 28,4 milhões de donos de negócios no Brasil, apenas 29%
possuem CNPJ, enquanto que 71% não possuem. Entre as regiões, a Sul é a que
apresenta o maior nível de formalização (40%), sendo 3,5 vezes superior ao
encontrado no Norte do País (12%).
Santa
Catarina é o estado brasileiro com maior nível de formalização (43%),
seguido por São Paulo, que ocupa o segundo lugar (42,4%), e o Rio Grande do
Sul, que aparece em terceira posição, com um nível de 40% de formalização.
O comércio é
o setor com maior nível de empreendedores formalizados e, segundo a pesquisa, a
proporção de negócios com CNPJ é de 43% e cinco vezes superior ao verificado na
agropecuária que tem um índice de apenas 8% de formalização. A maior
concentração de empreendedores formais está entre os que trabalham mais de 49
horas por semana no próprio negócio, ganham acima de cinco salários mínimos e
permanecem há mais de dois anos na atividade atual. Outra característica do
grupo formalizado é que possui mais sócios e mais empregados. Em contrapartida,
a informalidade é maior entre os indivíduos que trabalham por conta própria,
são negros e têm baixa escolaridade. Nesse caso, trabalham poucas horas por
semana no negócio, ganham baixo rendimento e atuam sem sócios e sem empregados.
O estudo
mostrou também que apresentam alto nível de informalidade os empreendedores que
estão no máximo há um mês na ocupação atual e trabalham em "área ou via
pública" (ambulantes e camelôs). Seus empreendimentos são, principalmente, no
setor da agropecuária ou da construção e estão localizados nas regiões Norte ou
Nordeste. O levantamento também revelou o impacto da escolaridade e da
maturação do negócio na formalização: a proporção de CNPJ cresce com a
escolaridade e com o tempo na atividade do empreendedor. Os donos de negócios
com ensino superior têm um nível de formalização quase 20 vezes superior aos
donos de negócios sem instrução.
Além disso,
o nível de formalização é maior na faixa etária de 35 a 44 anos, alcançando
33%, enquanto os donos de negócios com até 24 anos apresentam menos da metade
do nível de formalização. A formalização também avança de acordo com o
rendimento médio mensal e chega a 76% entre os que ganham cinco salários
mínimos ou mais. No entanto, independentemente destas características, homens e
mulheres têm mesmo nível de formalização no Brasil.
Saiba mais A pesquisa do Sebrae Nacional foi realizada com base na
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) e na Pesquisa GEM
(Global Entrepreneurship Monitor 2018). O estudo completo está no link: https://datasebrae.com.br/wp-content/uploads/2019/06/Empreendedorismo-Formal-x-Informal-2018-v7.pdf.
Fonte: Sebrae/RS
Gostou da matéria e quer
continuar aumentando os seus conhecimentos com os nossos conteúdos?
Assine, gratuitamente, a nossa
Newsletter Semanal M&M Flash, clicando no link a seguir:
https://www.mmcontabilidade.com.br/FormBoletim.aspx, e
assim você acompanha as nossas atualizações em primeira mão!
Rio Grande do Sul tem 3º
maior índice de donos de negócios formalizados