Conta-se uma estória que um determinado casal, dispondo de certa estabilidade financeira, gostava de adquirir bens em leilões.
Foram participar de um leilão de móveis e objetos para casa. Chegaram um pouco atrasados e a esposa conseguiu sentar-se numa cadeira na última fila. O homem procurou e só conseguiu um lugarzinho bem na frente.
No decorrer do leilão o leiloeiro apresentou como oferta uma poltrona que tinha pertencido a uma pessoa importante da cidade. Pela história, materiais e estado de conservação da poltrona deveria valer de R$ 4 mil a R$ 5 mil.
Iniciaram-se os lances, que eram dados exclusivamente por gestos, com R$ 1 mil, outro ofereceu R$ 2 mil, outro R$ 4 mil, uma senhora sinalizou R$ 5 mil, um senhor deu o lance de R$ 6 mil e, a partir daí, quase todos foram desistindo de dar novos lances.
Quem estava muito feliz era o leiloeiro, pois uma senhora oferecia R$ 7 mil, e na sequência um homem oferecia R$ 8 mil e, assim, foram polarizando os lances até que depois de não haver manifestação da senhora o leiloeiro declarou:
- vendido por R$ 18 mil para o Senhor...
E o homem, feliz por ter vencido o leilão, complementa:
- Senhor Rodolfo Pereira.
A mulher, que tinha perdido o leilão, se levanta no fundo da sala e, indignada esbraveja:
- Rodolfo Pereira é o meu marido!
Em suma, por falta de diálogo, de parceria, acabaram pagando bem mais pela cômoda.
Pois, na nossa vida profissional e empreendedora, muitas vezes, é assim. Estamos no mercado e nos comportamos com os nossos colegas ou com alguém que vende os produtos ou presta serviços similares aos nossos, como concorrentes, como rivais.
Lembre-se da estória do leilão da poltrona: a rivalidade pode trazer grandes prejuízos!
Portanto, aproveite para aproximar-se do seu colega de trabalho, do seu supervisor, do membro de sua equipe, ou até mesmo de outros setores/departamentos e dialogue com ele. Juntos, encontrem alternativas para que o trabalho fique melhor, mais produtivo.
Se você é empreendedor, aproxime-se de quem vende produtos similares ao seu ou presta serviços na sua área de atuação. Em vez de rivalidade, parta para o diálogo. Em vez de concorrência, parta para a parceria.
Para finalizar, um conselho: quando tiver um compromisso, chegue sempre no horário (para não ter que "sentar" no lugar errado); e um lembrete: a rivalidade é prejudicial para os dois.
Bons negócios e boas parcerias.
Marcone Hahan de Souza
Contador e Administrador. Professor Universitário. Sócio da M&M Assessoria Contábil