Na atualidade, o processo de transformação digital e
as mudanças de comportamento somam-se a desafios econômicos e socioambientais,
tornando ainda mais complexo o ambiente de negócios.
O
conceito do mundo Vuca - abreviação para os termos em inglês volatility
(volatilidade), uncertainty (incerteza), complexity (complexidade) e ambiguity
(ambiguidade) - define bem o ambiente em que as empresas operam hoje, onde é
cada vez mais difícil definir estratégias precisas para sobreviver e, além
disso, diferenciar-se da concorrência.
Uma
das questões que surgem, logo no primeiro momento, é a seguinte: se tudo muda
tão rapidamente, como elaborar planejamentos de longo prazo? Exercitar a
futurologia, ou seja, estudar o futuro, é uma das saídas já adotadas em grandes
companhias, comenta a jornalista e futuróloga Lidia Zuin. "Há empresas que
possuem núcleos de inovação, com pessoas que pesquisam soluções e tendências
para seus nichos de mercado; outras contratam pesquisas e consultorias sobre
tendências tecnológicas e de comportamento do consumidor", detalha. Isso ajuda
as organizações a se atualizarem e a pensarem em soluções inovadoras para seus
negócios.
O
planejamento, nesse caso, precisa ser baseado na análise das tendências atuais
e contar com a participação de profissionais de diferentes áreas. Além disso, é
fundamental adotar um processo de gestão que permita a flexibilização dos
projetos, de modo a facilitar a rápida adaptação a novos cenários. Assim, a
empresa assume uma posição em que começa a "construir um futuro mais
desejável", orienta a especialista.
O
investimento em inovação não pode ser negligenciado, alerta Zuin. "É difícil
essa decisão de cortar gastos em inovação durante um momento de crise porque,
muitas vezes, ele pode gerar uma solução ou uma melhoria na condição que gera a
dificuldade da empresa".
De
acordo com a jornalista, o custo de manter um método de trabalho antiquado é,
geralmente, maior do que o de adotar uma solução automatizada. "São
investimentos, a princípio, caros, mas que depois aumentam a eficiência da
empresa no longo prazo. Exemplo disso é o uso de inteligência artificial nos
sistemas, como os de contabilidade, administração e RH", acrescenta.
Fonte: Contas em
Revista
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