Um
amigo meu, de rede social, que sobre um determinado assunto pensa o oposto de
mim, há uns dias escreveu um texto esculachando as pessoas que pensavam, sobre
aquele tema, diferentemente dele.
Como
sábio escritor, ele colocou um paragrafo de exceção.
Pois
bem, ao ler o texto, me senti um pouco atingido e lhe interpelei expressando a
minha insatisfação.
Logo,
veio a replica por parte dele: "Veja o segundo parágrafo. Você não se
enquadra..."
Então,
lhe respondi que: "quando a paulada é muito forte, ela atinge além do
alvo". Ele leu a minha resposta e silenciou. Entendi que ele percebeu que havia
me atingido.
A
partir daí comecei a refletir um pouco mais sobre esta frase que eu havia dito:
"quando a paulada é muito forte, ela atinge
além do alvo".
Somente
para ilustrar, indo para o extremo: se um
"ladrãozinho" lhe "bater a carteira" você sofrerá um prejuízo, terá transtornos
para retirar novos documentos, etc., mas o reflexo fica por aí.
Já
quando num assalto o ladrão mata alguém, causa reflexo em toda a família, grupo
de amigos, colegas de trabalho, etc.
Pois
bem, voltando ao nosso dia-a-dia, convivemos com a nossa célula familiar, grupo
de amigos, colegas de trabalho e outros grupos que, normalmente, pertencemos.
Nem
tudo ocorre "as mil maravilhas". Às vezes, ficamos descontentes com alguma
atitude de alguém, que pode ser o nosso pai/mãe, nosso filho/filha, nosso
cônjuge, nosso colega de trabalho, etc. Logo, como humanos, às vezes,
demostramos a nossa insatisfação. Mas, como é essa nossa demonstração de
insatisfação? Se leve - na medida - provavelmente, vamos atingir o nosso
objetivo. Ou seja, de demonstrar a esta pessoa que não ficamos satisfeitos com
aquela atitude/trabalho, e se ele tiver um mínimo de "tato", perceberá que terá
que melhorar naquele aspecto.
Por
outro lado, se exagerarmos na "paulada", ela atingira além do alvo. Poderá
causar um grande descontentamento em todo o grupo, você poderá ter perdas, o
grupo poderá virar-se contra você, etc. Ah, você poderá, inclusive, perder a
razão, que antes poderia ser sua.
Portanto,
todos nós temos o direito de expressar a nossa indignação. Mas, vamos fazê-la
de forma moderada. Sem exageros para que o resultado não seja desastroso.
Como
não temos uma "régua" para medir a nossa indignação e nem a nossa demonstração
de insatisfação, na dúvida, vamos "errar
para menos", em especial quando não for reincidência.
Marcone
Hahan de Souza
Administrador
e Contador. Professor Universitário Sócio da M & M Assessoria Contábil.