Quem possui algum
conhecimento ou acompanha a área de Comércio Exterior, tem sempre o conceito
gravado a respeito dos percalços, morosidades e burocracias enfrentadas pelos
empresários brasileiros para se estabelecer no comércio internacional, seja
como importador, exportador ou prestador de serviços neste meio.
DU-E (Declaração
Única de Exportação) foi introduzida pelo governo em 2017 e constitui um
documento eletrônico único, através do Siscomex, para diminuir burocracias e
facilitar o processo de exportação - seguindo as tendências internacionais.
A DUIMP (Declaração
Única de Importação), na mesma linha, teve sua implantação em projeto-piloto
pelo governo em 2018, mas somente para alguns segmentos. Estima-se que, até
2020, irá englobar todos os segmentos.
Ambas as
implantações visam facilitar o acesso à informação pelos órgãos aduaneiros e
disponibilizar, em um único documento, tudo necessário aquele processo, para
que seja conferido, despachado, impostas exigências, indeferido ou liberado. Os
documentos são integrados e simplificados, o que aponta uma redução
significativa no tempo de processamento e finalização. No momento, a DUIMP não
está disponível para todas as empresas, nem tem todas as operações em pleno
funcionamento - está previsto somente para o final de 2019 a liberação de
processos internos que possibilitem a retificação e cancelamento da DUIMP.
Estes novos
documentos eletrônicos, que estão mudando a forma que importamos e exportamos
bens e serviços, possuem informações de natureza fiscal, aduaneira,
administrativa, logística, comercial e financeira. Portanto, é fundamental
contar com despachantes aduaneiros com experiência e conhecimento pleno dos
processos e sistemas do governo.
Internamente, a
empresa deve estar bem organizada e atualizada nas questões de emissão de notas
fiscais eletrônicas (padrão NFe), devido ao fato deste ser um dos documentos
que concentra muitas das informações do processo e deve estar de acordo em
todos os sentidos, desde o frete até os impostos.
A DU-E e DUIMP são
avanços implementados pelo governo brasileiro para tentar diminuir a lentidão e
a burocracia nos processos de importação e exportação, nos quais o ganho
esperado após a implementação completa, será de cerca de 40% (de 17 para 10
dias). Além do tempo, a redução de custos com processos e criação de documentos
e menos entraves, coloca o Brasil em uma melhor avaliação no ranking de
Comércio Exterior, possibilitando mais oportunidades de negócios para as
empresas brasileiras no cenário internacional.
Por
Ronei Quedi -
Gerente
Operacional da Össur Brasil