Pesquisas mostram que o
que mais as pessoas desejam em relação a seu emprego é que o trabalho lhes dê
um sentimento de missão e propósito.
O que me preocupa é que
essas mesmas pessoas buscam um trabalho, uma profissão ou um emprego em função
do salário ou da compensação financeira que eles possam dar. Recebo dezenas de
mensagens perguntando qual a profissão que dá mais dinheiro, que está mais na
moda e mesmo qual aquela que me deixará
rico(a) mais rapidamente.
Ora, se busco uma
profissão pelo retorno financeiro e não pela realização pessoal que ela me
proporcionará, será quase um milagre se as duas coisas se conciliarem na mesma
atividade. Vejo que as pessoas de hoje, principalmente as mais jovens, não
acreditam que o dinheiro seja consequência de um trabalho dedicado, feito com
prazer, alegria, amor e comprometimento. O que vejo é a busca de um emprego bem
remunerado e estável, independente de qualquer consideração de prazer por
aquilo que se faz. A ideia que me parece existir é a de que com o
dinheiro de um emprego qualquer, desde que bem remunerado, a pessoa buscará
(fora do emprego) o seu prazer, a sua realização pessoal. Isso me parece um
grande engano!
Agindo assim, as pessoas
passam 40 horas (ou mais) fazendo o que não gostam, para tentar nas horas
restantes e nos finais de semana, fazer o que realmente sentem prazer. Acredito
estar aqui uma das maiores razões da infelicidade nos dias de hoje. As pessoas
fazem de seu trabalho um castigo bem remunerado e às vezes nem tão bem, em vez
de buscar fazer no mundo do trabalho aquilo que lhes dá prazer, alegria,
satisfação. Fazendo o que não gostam elas fazem tudo com baixa qualidade,
atendem mal seus clientes internos e externos, têm verdadeiro pavor em servir,
vivem estressadas, sentem-se escravizadas pelo relógio ou por um chefe que
igualmente está ali somente pelo salário.
Muitos me dirão que é
fácil dizer tudo isso mas que é muito difícil fazer profissionalmente aquilo
que se gosta e tem prazer. Sei bem disso, é claro. O que penso é que as pessoas
devam buscar esse objetivo na vida e não desistir antecipadamente. O que sinto
é que as pessoas não acreditam mais sequer em buscar fazer aquilo que gostam
como objetivo profissional mesmo como empregados ou como colaboradores de uma
empresa, pois quando falamos em fazer o que se tem prazer, logo pensamos em ser
um empreendedor individual ou empresário - e isso nem sempre é possível ou
mesmo desejável.
Conheço pessoas muito
felizes, fazendo aquilo que realmente sentem prazer em fazer como funcionários
privados ou públicos. Fazendo o que gostam elas buscam a cada dia gostar ainda
mais do que fazem e esse círculo virtuoso traz a excelência, a satisfação, o
prazer e, como consequência, a tão desejada promoção.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins