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Produção de máscaras de tecido é alternativa para empreendedores


Publicada em 14/04/2020 às 10:00h 

Com a escassez dos descartáveis, os itens de algodão se tornam opção para amenizar a circulação do vírus

Item de proteção contra a propagação de vírus, as máscaras descartáveis tiveram um aumento na procura com a chegada da pandemia de Covid-19 ao País. Neste cenário, empreendedores de todo o Brasil enxergaram uma boa possibilidade de suprir essa demanda, afinal, uma das premissas básicas para empreender é encontrar um problema e propor uma solução. Assim, as vendas de máscaras de materiais como algodão começaram a circular pelas redes sociais.

A arquiteta Paula Mendes Posser é uma das empreendedoras que viu suas fontes de renda esgotarem e enxergou na produção de máscaras uma boa saída momentânea, uma vez que já costurava. Ela apareceu aqui no GeraçãoE quando decidiu monetizar a piscina da própria casa. A empreendedora também disponibiliza quartos através da plataforma Airbnb. Com o coronavírus, os serviços perderam forças.

"Estava no Espírito Santo visitando a minha mãe. Ela estava indo para o Rio de Janeiro e eu voltando para Porto Alegre. Fiz uma máscara para que ela estivesse mais segura. Depois, uma amiga pediu para que eu costurasse uma para ela. Aí, tive a ideia de levar a sério. Vendo a R$ 10,00 a de adultos e R$ 5,00 a infantil. Tenho modelagens com valores personalizados para homens que cultivam a barba também. Faço lives para ensinar as pessoas a produzirem suas próprias também", explica Paula, sobre a mudança brusca de realidade. Encomendas podem ser feitas através do (51) 99444-2768. A empreendedora tem produzido, em média, 40 unidades por dia. 

Mas afinal, máscaras de pano são ou não recomendadas por profissionais de saúde?

Em um cenário tão delicado é importante que todas as ações sejam pensadas com responsabilidade para que a imagem do negócio não seja prejudicada. Em diversos grupos de redes sociais, as máscaras reutilizáveis dividiram opiniões quanto sua eficácia.

André Luiz Machado é infectologista no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), de Porto Alegre, e explica quando o item não deve ser utilizado. "A máscara de pano não é recomendada por indivíduos sintomáticos respiratórios, uma vez que umedece facilmente. A partir do momento em que a máscara está úmida, ocorre uma diminuição da sua eficácia quanto a liberação de perdigotos que podem conter vírus respiratórios", pontua.

"Ela não tem um tecido para filtrar partículas e bactérias. As máscaras descartáveis, as de TNT, possuem essa capacidade. Não adianta simplesmente criar algo que tape a boca e o nariz. Tem que seguir os protocolos. Se o uso de máscaras de pano fosse de fato eficaz, as instituições de saúde não tinham abandonado seu uso. Elas protegem no início, mas perdem rapidamente a eficácia", complementa.

O posicionamento do especialista é compartilhado por grande parte dos profissionais de sua a área. A controvérsia das máscaras, no entanto, ganhou novo capítulo quando o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em pronunciamento na última semana, encorajou a população a usar qualquer tipo de máscara, tendo em vista que o abastecimento das descartáveis, até então, está comprometido.

A empreendedora e artesã Rossana Lisboa também está produzindo os itens de tecido e leva em consideração o posicionamento do ministro para seguir. "A ideia de confeccionar surgiu desde o começo da quarentena, porém, no início, havia muita divergência sobre isso. Comecei fazendo para familiares e aí amigos começaram a pedir. Nesta semana que o ministro alinhou o posicionamento a respeito das máscaras caseiras, os pedidos começaram a crescer. Estou fazendo uma média de 38 unidades por dia e com vários dias já comprometidos com mais pedidos", relata.

Rossana produz em casa e conta com ajuda de seu filho para os recortes do tecido. Os pagamentos são feitos através de depósito, transferência ou link do PagSeguro. A entrega acontece por meio de aplicativos de entrega, mas o cliente também pode buscar em local definido por ela. Os pedidos são feitos através do Instagram da empreendedora (@atelierrossanalisboa).

Fonte: Jornal do Comércio do RS, Geração E


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