Região
em Bandeira Vermelha no distanciamento controlado: o que deve ser observado
Municípios podem apresentar recurso em até
24 horas e, na segunda, governo fará nova análise e divulgará bandeiras
definitivas
Devido à piora nos indicadores de
propagação da Covid-19 e da capacidade de atendimento do sistema de saúde, cinco
regiões migraram para bandeira vermelha na sétima rodada do Distanciamento
Controlado.
O mapa preliminar foi divulgado pelo
governador Eduardo Leite em transmissão ao vivo pela internet no fim da tarde
deste sábado (20/6/2020) - acesse em: https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br
-, mas associações de municípios podem, conforme os novos ajustes na
sistemática do modelo, apresentar recurso em até 24 horas (18h de domingo). Na segunda-feira
(22/6/2020), o Gabinete de Crise fará nova análise e divulgará à tarde as
bandeiras definitivas, que serão vigentes de 23 a 29 de junho de 2020.
Com o avanço da doença, o Rio Grande do Sul
apresenta uma predominância de bandeiras laranja e vermelha. Ao todo, 12 das 20
regiões sofreram mudanças nesta rodada. Contudo, segue sem nenhuma bandeira
preta (risco altíssimo).
Conforme a análise preliminar, oito regiões
tiveram piora na classificação final e, portanto, terão maiores restrições de
suas atividades. Porto Alegre, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Palmeira
das Missões, que estavam em bandeira laranja (risco epidemiológico médio) foram
para vermelha (risco alto). E três, Pelotas, Cachoeira do Sul e Santa Cruz do
Sul, passaram de amarela (risco baixo) para laranja (médio).
Quatro regiões tiveram redução de risco:
Caxias do Sul e Uruguaiana, que eram as duas únicas regiões com bandeira
vermelha após revisão de dados pelo governo, apresentaram melhora em
indicadores e migraram para bandeira laranja. As regiões de Bagé e Santa Rosa
também progrediram, saindo da bandeira laranja para amarela.
As demais regiões não tiveram alteração na
sua bandeira final, sendo que apenas a região de Taquara manteve bandeira
amarela entre as duas semanas.
"Na Região Metropolitana, fica bem claro
que estamos vivenciando um momento bem delicado. Desde o início de junho,
estamos com uma curva ascendente de casos confirmados de Covid em UTI. Por
isso, todos precisam ter muita atenção e adotar cuidados mais rigorosos, tanto
os cidadãos como as prefeituras, para que se estabilize essa disseminação do
vírus. Precisamos interromper esse crescimento, porque senão vai levar a uma
saturação da capacidade de atendimento", reforçou Leite.
Conforme o governador, o Estado está finalizando
a 25ª semana epidemiológica e, tradicionalmente, no início de julho (quando
será a 27ª semana epidemiológica) ocorre o pico da demanda de internações por
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no RS. Portanto, se torna
especialmente importante conter a disseminação do coronavírus.
"Para garantir que haja atendimento a
todos, reforço o pedido à população gaúcha para redobrarem os seus cuidados em
relação à higiene, uso da máscara, álcool gel, lavar as mãos constantemente. Se
todo mundo se cuidar e atender aos protocolos, conseguiremos passar por esse
momento que é o mais sensível que vivemos no Estado. Não podemos relaxar nos
cuidados agora nem expormos a nós mesmos e os nossos familiares ao risco sem
necessidade", destacou Leite.
Possibilidade
de recurso
Segundo anunciado pelo governador Eduardo
Leite na terça-feira (16/6/2020), o Distanciamento Controlado passa a ter um
prazo para eventuais recursos das Associações de Municípios aos números
levantados em cada um dos 11 indicadores que integram o modelo. As contestações
devem ser encaminhadas pelo e-mail recursosdistanciamentocontrolado@saam.rs.gov.br.
Esta é a última rodada em que a divulgação
das bandeiras está sendo feita no sábado. A partir da próxima, a coleta de
dados será na quinta-feira e o anúncio do mapa preliminar ficará para sexta.
Com isso, as prefeituras terão até 24 horas
para apresentar recurso. Os dados apresentados serão avaliados pelo Gabinete de
Crise na segunda-feira e, à tarde, o governador divulgará as bandeiras
definitivas, que passam a valer a partir de terça.
Dentre os ajustes feitos no Distanciamento
Controlado, o governo definiu que as regiões classificadas com cor vermelha não
poderão ter regras mais brandas que as estipuladas no Decreto Estadual, nas
Portarias da Saúde e nos Protocolos Segmentados.
A flexibilização disposta no Distanciamento
Controlado aos municípios será permitida apenas em situações de bandeiras
amarela e laranja. No caso de medidas mais restritivas, os municípios podem
adotar independentemente da cor em que estiverem.
Além disso, existe uma regra que determina
que regiões classificadas em bandeiras preta ou vermelha no mapa definitivo por
dois períodos consecutivos ou alternados, dentro do prazo de 21 dias,
precisarão de duas semanas consecutivas com bandeiras menos graves para que
possam efetivamente obter redução no nível de risco. O objetivo deste gatilho
de segurança é o de assegurar e caracterizar a efetiva melhora nas condições de
uma região.
Indicadores da sétima rodada
O número de novas hospitalizações por
Covid-19, nos últimos sete dias, comparado com a semana anterior, apresentou
aumento de 55%, passando de 320 para 496. O mesmo se observa com o número de
internados em leitos clínicos para Covid-19, que passou de 254 para 386
internações - crescimento de 52%.
O agravamento também é observado no número
de casos ativos na última semana, em que passou de 1.456 para 2.402. Por fim,
com relação ao número de leitos de UTI livres no último dia, o quantitativo
passou de 594 para 600, demonstrando a abertura de novos leitos de UTI no
Estado.
RESUMO DA SEMANA
. O número de novos registros de hospitalizações SRAG de confirmados Covid aumentou
55% entre as duas últimas semanas (320 para 496);
. O número de internados em UTI por SRAG
aumentou 2,7% no Estado entre as duas últimas sextas-feiras (365 para 379);
. O número de internados em leitos clínicos
com Covid no RS aumentou 52% entre as duas últimas sextas-feiras (255 para
386);
. O número de internados em leitos de UTI
com Covid no RS aumentou 9,9% entre as duas últimas sextas-feiras (232 para
255);
. O número de leitos de UTI adulto livres
para atender Covid no RS aumentou 1% entre as duas últimas sextas-feiras (de
594 para 600);
. O número de óbitos por Covid-19 aumentou
54% entre as duas últimas semanas (de 56 para 86).
. As regiões com maior número de novos
registros de hospitalizações nos últimos 7 dias, por local de residência do paciente,
são Porto Alegre (137), Caxias do Sul (76), Passo Fundo (33), Novo Hamburgo
(61) e Santa Maria (49).
Veja
as principais mudanças no mapa
. MACRORREGIÃO METROPOLITANA
Após seguidos alertas da piora em hospitalizações por Covid-19 e da ocupação de
leitos clínicos e de UTI, a macrorregião metropolitana ficou quase a totalidade
em bandeira vermelha. Apenas a região de Taquara, que tem apresentado bons
indicadores desde o início da pandemia, conseguiu a manutenção de bandeira
amarela.
Os números de internados por Síndrome
Respiratória Aguda Grave (SRAG) em UTI, de pacientes Covid-19 em leitos
clínicos (confirmados) e de pacientes Covid-19 em leitos de UTI (confirmados)
tiveram aumentos entre as duas semanas.
Com relação à SRAG, enquanto sete dias
atrás havia 157 internados, nos dados desta sexta-feira (19/6/2020) a
quantidade de pacientes subiu para 212. No caso de leitos clínicos, o número de
pacientes passou de 140 para 206 - aumento de 47%. E com relação aos internados
por Covid-19 em leitos de UTI, o aumento foi de 36%, passando de 97 para 132
pacientes.
Não apenas os indicadores que mensuram a
velocidade do avanço na macrorregião tiveram deterioração, mas os relacionados
a capacidade de atendimento e a mudança da capacidade de atendimento também apresentaram
agravamento da situação. Enquanto na semana passada havia 2,99 leitos de UTI
livres para cada leito de UTI ocupado por paciente Covid-19, nesta semana o
indicador passou para 1,73.
No comparativo do número de leitos livres
de UTI no último dia para atender Covid-19 entre as duas sextas-feiras, a
complicação permanece, demonstrando o avanço da pandemia na população da
macrorregião metropolitana. Como este indicador reflete a capacidade de
atendimento, o alerta é bastante expressivo, principalmente por que é a
principal macrorregião do Estado em termos de atendimento à saúde.
Com isso, tanto as bandeiras dos
indicadores de internados por SRAG e de pacientes Covid-19 em leitos clínicos
quanto as de capacidade de atendimento e mudança da capacidade de atendimento,
todas mensuradas pela macrorregião, mudaram de laranja para vermelha nesta
semana.
Com a alteração para Bandeira Final
Vermelha, objetiva-se que a propagação do vírus inicie um processo de redução,
porém ao mesmo tempo, pode ser esperado a continuidade do aumento na utilização
da capacidade hospitalar no curto prazo tendo em vista o tempo necessário entre
a ação de restrição e a diminuição de crescimento nas hospitalizações.
. PORTO ALEGRE
Além do agravamento dos indicadores mensurados pela macrorregião, o número de
hospitalizações confirmadas para Covid-19 registrado nos últimos 7 dias
apresentou um crescimento de 54% entre as duas semanas, passando de 89 para
137. Com isso, o indicador apresentou bandeira preta, sinalizando uma situação
de elevada preocupação.
Ainda, observa-se crescimento tanto do
número de internados em UTI por SRAG no último dia, que variou de 105 para 118
entre as duas semanas, quanto no de internados em UTI confirmados para Covid,
passando de 69 para 87.
Os indicadores de Estágio da Evolução na
Região e o de Projeção de Nº de Óbitos para o período de 1 semana para cada
100.000 habitantes também apresentaram pioras nas suas bandeiras. Esse último, atingiu
Bandeira Preta na região, passando de 0,89 na semana anterior para 1,55 na
semana atual.
. CANOAS
Também considerado o agravamento da macrorregião Metropolitana, na região de
Canoas os registros de hospitalizações confirmadas para Covid-19 cresceram 92%
entre as duas semanas, passando de 13 para 25 hospitalizações. Este crescimento
está alinhado ao ocorrido na macrorregião metropolitana, pois trata-se da
velocidade do avanço da pandemia e dos efeitos que podem permanecer por mais
semanas.
Da mesma forma, na região o número de
internados em UTI por SRAG no último dia passou de 18 para 50 entre as duas
semanas, um aumento expressivo. Para o indicador de internados em UTI
confirmados para Covid, o crescimento foi de 70%, variando de 10 para 17. Com
relação ao número de pacientes Covid-19 em leitos clínicos o aumento foi de 155%,
(de 11 para 28 internados).
Na razão entre os casos ativos na semana e
recuperados nos 50 dias, o indicador passou de bandeira vermelha para bandeira
preta. No caso do número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 nos
últimos sete dias para cada 100 mil habitantes, o indicador foi de bandeira
laranja para bandeira vermelha.
. NOVO HAMBURGO
Assim como as demais regiões metropolitanas (com exceção de Taquara), o
deterioramento da situação também é observado na região de Novo Hamburgo. A
Região apresentou piora em todos os indicadores que mensuram a Propagação da
Doença.
Dos quatro indicadores de Velocidade do
Avanço, dois obtiveram bandeira preta e dois bandeira vermelha. Para os de
Estágio da Evolução e de Incidência de Novos Casos sobre a População, que são
mensurados com base na Região, todos apresentaram Bandeira Preta. A partir
disto, a Região obteve a Bandeira Final Vermelha, atingindo risco alto na
região.
No comparativo de hospitalizações
confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias, entre as duas
últimas semanas, houve um aumento de 154% (as hospitalizações foram de 24 para
61) na Região. A ocupação de leitos clínicos e de UTI, para SRAG ou confirmados
para Covid, tiveram aumentos entre as duas semanas, contribuindo com o agravamento
dos indicadores da macrorregião. O crescimento relevante nas hospitalizações e
nos internados, provoca um alerta de risco no avanço da doença.
. CAPÃO DA CANOA
Também sobre o impacto do agravamento na Macrorregião Metropolitana, a região
de Capão da Canoa apresentou crescimento nas quatro variáveis utilizadas para
mensurar o avanço da doença, seja no indicador regional seja no macrorregional.
As hospitalizações confirmadas para
Covid-19 registrada nos últimos sete dias na Região passou de 10 para 13 entre
as duas semanas. Porém, no quesito de velocidade de avanço a região foi
principalmente afetada pela deterioração da macrorregião.
Os três indicadores de Estágio da Evolução
e de Incidência de Novos Casos sobre a População apresentaram situação de bandeira
vermelha ou preta. O aumento do número de casos ativos na última semana foi
significativo, passando de 35 para 77 casos. Com respeito às hospitalizações
confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias por 100 mil
habitantes, o indicador aumentou 30%, variando de 2,51 na atualização da semana
passada para 3,27 nesta.
. PALMEIRA DAS MISSÕES
A região de Palmeira das Missões passou de bandeira laranja para vermelha. O
elevado aumento de hospitalizações confirmadas para Covid-19, registradas nos
últimos sete dias, fez com que bandeira amarela do indicador passasse para
bandeira preta (as hospitalizações foram de seis para 16).
Apesar de os indicadores de internados em
UTI por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e por Covid-19, da macrorregião
Norte, terem demonstrado redução das bandeiras entre as duas semanas, o
indicador de número de pacientes Covid-19 (confirmados) em leitos clínicos
aumento de 32 para 55, na macrorregião.
Com relação aos três indicadores do Estágio
da Evolução e da Incidência de Novos Casos sobre a População, que são
mensurados com base na região, apresentaram situação de bandeira vermelha ou
preta, mantendo a sinalização de agravo já apresentada na semana anterior. O
aumento do número de casos ativos na última semana foi significativo, passando
de 76 para 122 casos. Com respeito às hospitalizações confirmadas para Covid-19
registradas nos últimos sete dias por 100 mil habitantes, o indicador passou de
1,66 para 4,43.
Apesar de o indicador de leitos de UTI
livres em relação aos leitos de UTI ocupados por pacientes Covid-19 e do total
de número de leitos de UTI livres no último dia terem melhorado na macrorregião
norte, o efeito não foi suficiente para manter a situação de bandeira laranja
na região de Palmeira das Missões.
. PIORA EM PELOTAS, SANTA CRUZ DO SUL
E CACHOEIRA DO SUL
As regiões de Pelotas, Santa Cruz do Sul e Cachoeira do Sul migraram sua
bandeira amarela para laranja nesta atualização.
Para o caso de Pelotas, a manutenção em
bandeira preta dos indicadores de hospitalizações confirmadas para Covid-19, na
região, e do número de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos clínicos,
na macrorregião, aliada a piora do indicador da razão entre casos ativos na
semana e recuperados no início da semana foram os determinantes.
No caso de Santa Cruz do Sul, o aumento
também do número de hospitalizações confirmadas para Covid-19 e do indicador de
hospitalizações confirmadas para Covid-19 a cada 100 mil habitantes, ambas
registradas nos últimos sete dias e mensuradas para a região, foram impactantes
para a mudança da bandeira amarela para laranja.
Por fim, em Cachoeira do Sul, com o
registro de quatro hospitalizações confirmadas para Covid-19, na região, a
trava que garantia a redução de um nível de bandeira foi perdida, tornando a
região em situação de bandeira laranja.
. MELHORA EM CAXIAS DO SUL E
URUGUAIANA
Os 50 municípios que integram a região de Caxias do Sul retornam à
classificação de bandeira laranja, uma vez que melhoraram os indicadores em
termos de ocupação e disponibilidade de leitos de UTI.
Pelos números da última sexta-feira, a
região ampliou de 33 para 82 os leitos de UTI livres. A ocupação de UTIs por
pacientes de SRAG caiu de 71 para 51 e de confirmados para Covid-19, reduziu de
44 para 39.
Com apenas dois indicadores na pior
classificação (preta) e apenas um em bandeira vermelha, a região da Serra segue
ainda com números altos em termos de hospitalizações decorrentes do novo
coronavírus. Nos últimos sete dias foram 76 pacientes internados, quando no
mesmo período anterior eram 63 casos. Na sexta-feira eram 47 hospitalizados em
leitos clínicos pela doença, quando no último dia da semana anterior ficava em
26 pessoas.
A região de Uruguaiana, na Fronteira Oeste,
apresentou no mais recente levantamento apenas um indicador na classificação
preta (relação de casos ativos na última semana com o número de recuperados nos
últimos 50 dias) e um apontamento na cor vermelha (número de hospitalizações na
relação para 100 mil habitantes).
Nos demais indicadores, houve melhora na
região, entre eles o aumento de 22 para 26 leitos de UTI livres. Houve também a
diminuição de um caso de paciente com síndrome respiratória aguda em UTI (agora
são 7 casos na região). O mesmo se repetiu para doentes da Covid-19 em UTIs: passou
de 6 casos para 5 nesse último levantamento.
A região teve ainda um pequeno acréscimo no
número de hospitalizações confirmadas por Covid-19 nos últimos sete dias:
passando de 14 da semana anterior para 15 casos agora, movimento que se
refletiu na ocupação de leitos clínicos no último dia, que passou de 8 para 9
pacientes em toda região.
MELHORA EM BAGÉ E SANTA ROSA
As regiões de Bagé e Santa Rosa apresentaram melhora na definição de sua
bandeira final - ambas em amarela. Nas duas regiões, observou-se a melhora nos
indicadores de propagação da doença e, para o caso de Santa Rosa, a região foi
beneficiada com a redução de bandeira por ter apresentado três ou menos casos
de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registrados nos últimos 14 dias.
Entenda o Distanciamento Controlado
Com base em evidências científicas e
análise de dados, o modelo de Distanciamento Controlado - que está oficialmente
em vigor desde 10 de maio, com o Decreto 55.240 - tem o objetivo de equilibrar
a prioridade de preservação da vida com uma retomada econômica responsável em
todo o Rio Grande do Sul.
Para isso, o governo dividiu o Estado em 20
regiões e mapeou 105 atividades econômicas. A partir de um cálculo que leva em
conta 11 indicadores, segmentados em dois grupos - propagação do vírus e
capacidade de atendimento de saúde -, determinou a aplicação de regras
(chamados de protocolos) mais ou menos restritas para cada segmento de acordo
com o risco calculado para cada região.
Conforme o resultado do cruzamento de dados
divulgados de forma transparente, cada local recebe uma bandeira nas cores
amarela (risco baixo), laranja (risco médio), vermelha (risco alto) ou preta
(risco altíssimo).
Região
em bandeira vermelha no Distanciamento Controlado: o que deve ser observado
Quando uma região fica com bandeira
vermelha no modelo de Distanciamento Controlado para evitar o avanço do
coronavírus, é preciso verificar o que muda nesses locais nos quais o risco de
contágio é considerado alto.
A bandeira vermelha, em essência, impõe
restrições mais severas àquelas adotadas em áreas com bandeira laranja. Nas
regiões classificadas como bandeira vermelha, somente estabelecimentos que
vendem itens essenciais podem estar abertos, mantendo 50% dos trabalhadores. Os
demais locais de comércio devem ficar fechados.
Restaurantes e lancherias ficam proibidos
de receber clientes no local, mas podem atender em sistema de tele-entrega,
drive-thru e pegue e leve. Nos shoppings, também fica permitido o acesso apenas
a serviços essenciais - como farmácias, lavanderias e supermercados, que podem
operar com apenas 25% dos funcionários. Fora isso, os shoppings devem
permanecer fechados, sem circulação de pessoas.
As aulas devem ser mantidas de forma remota.
Cursos livres devem permanecer fechados, assim como escolas de ensino infantil,
fundamental e médio e universidades.
Passam a ser totalmente vedados o
funcionamento de academias, missas e serviços religiosos, clubes sociais e
esportivos (mesmo que com atendimento individual) e serviços de higiene pessoal
- como cabeleireiro e barbeiro.
O modelo de Distanciamento Controlado está
dividido em protocolos que devem ser adotados para cada atividade econômica
conforme a bandeira semanal. Por isso, é preciso que os moradores de cada uma
das regiões acessem o site distanciamentocontrolado.rs.gov.br para consultar os
protocolos específicos de cada setor.
Todas as regiões, seja qual for a bandeira
na qual está classificada, devem seguir todos os protocolos de prevenção, que
incluem uso de máscara, distanciamento entre as pessoas, higienização dos
ambientes e das mãos, uso de equipamento de proteção individual (EPI),
afastamento de casos positivos ou suspeitos, teto de ocupação e atendimento
diferenciado para grupos de risco.
Entenda o que muda nas regiões em bandeira
vermelha
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Redução no teto de operação (número máximo permitido de trabalhadores presentes
ao mesmo tempo no ambiente de trabalho, aplicado a serviços com quatro ou mais
trabalhadores) dos serviços públicos não essenciais, restrito a 25% dos
trabalhadores.
Serviço de habilitação de condutores com operação restrita a apenas 50% dos
trabalhadores.
Serviços públicos essenciais, como segurança e manutenção de ordem pública,
política e administração do trânsito, bem como atividades de fiscalização e
inspeção sanitária, não têm a operação afetada com a bandeira vermelha.
AGROPECUÁRIA
Produção e serviços relacionados à agricultura, pecuária e produção florestal
sofrem redução no teto de operação a 50% dos trabalhadores.
ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
Restaurantes, padarias e lanchonetes deixam de operar na modalidade presencial,
ofertando serviços apenas por meio de tele-entrega, pegue e leve ou drive-thru.
Hotéis, por sua vez, passam a operar com apenas 40% dos quartos disponíveis.
COMÉRCIO
Na bandeira vermelha, o comércio de rua e em centros comerciais ou shopping é
suspenso, e os estabelecimentos devem ficar fechados. O mesmo ocorre para o
comércio de veículos.
Somente poderão operar estabelecimentos que comercializem itens essenciais,
como medicamentos, produtos de higiene pessoal, alimentação e transporte. Mesmo
assim, farmácias, supermercados e postos de gasolina têm operação reduzida a
50% dos trabalhadores.
Serviços de manutenção e reparação de veículos automotores passam a operar com
apenas 25% dos trabalhadores.
Comércio atacadista de itens não essenciais deixa de atender na modalidade
presencial. O teto de operação é reduzido a 25% dos trabalhadores, com
atendimento exclusivo via tele-entrega, pegue e leve ou drive-thru.
EDUCAÇÃO
A partir do dia 15 de junho, algumas atividades de ensino serão retomadas nas
bandeiras laranja e amarela. Na bandeira vermelha, portanto, as atividades de
cursos livres ficam suspensas. Nas universidades, somente são mantidas em
funcionamento na bandeira vermelha as atividades de laboratório necessárias à
manutenção de seres vivos. Demais atividades de ensino seguem na modalidade
remota, exclusivamente.
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços de construção, por
serem considerados essenciais, sofrem apenas redução na operação, passando de
100% para 75% dos trabalhadores na bandeira vermelha.
INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA
Passam a operar com apenas 50% dos trabalhadores, à exceção das consideradas
essenciais, como alimentação, bebidas, fármacos e de extração de petróleo e
minerais, que têm o teto reduzido de 100% para 75% de trabalhadores.
Para atender a essa restrição no total de trabalhadores presentes ao mesmo
tempo no estabelecimento, sugere-se que, além do teletrabalho, as indústrias
adotem regimes de escala, rodízio e/ou turnos alternativos para a manutenção da
produção.
SAÚDE
No campo da saúde, vital ao enfrentamento da pandemia, os serviços não são
afetados. No entanto, recomenda-se a postergação de consultas eletivas.
Serviços de veterinária, porém, têm a atividade reduzida para 50% dos
trabalhadores.
SERVIÇOS
Com a bandeira vermelha, ficam fechadas todas as atividades relacionadas à
arte, cultura e lazer, incluindo academias de ginástica, clubes sociais e
esportivos.
Ficam vedadas também as atividades de captação de áudio e vídeo em teatros e
casas de espetáculo, de empréstimo e consulta de itens em museus, bibliotecas e
acervos, bem como os ateliês de arte, os quais recentemente foram liberadas nas
bandeiras amarela e laranja em teatros.
Parques, jardins botânicos e zoológicos são fechados para atendimento ao
público, sendo permitida a operação de 50% dos trabalhadores para manutenção
dos espaços e seres vivos.
Serviços religiosos em templos igrejas e similares ficam fechados, não podendo
receber o público de fiéis. No entanto, segue sendo permitida a captação de
áudio e vídeo dos serviços religiosos, como missas.
Serviços de higiene pessoal (cabeleireiro e barbeiro) não podem abrir na
bandeira vermelha, assim como agências de viagens.
Serviços de imobiliários, de consultora e administrativos passam a atender
somente via teleatendimento, com no máximo 25% dos trabalhadores presentes no
estabelecimento.
Serviços bancários e de advocacia permanecem com atendimento presencial
restrito, com no máximo 50% dos trabalhadores.
Por fim, serviços de lavanderia e de reparo e de manutenção de objetos,
considerados essenciais, permanecem abertos aos clientes, mas com teto de
operação reduzido a 25% dos trabalhadores.
SERVIÇOS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Serviços de edição e edição integrada à mídia impressa, bem como de produção de
vídeos e programas de televisão, seguem autorizados a funcionar, com teto de
operação reduzido a 50% dos trabalhadores. A atividade de rádio e televisão,
porém, não sofre alteração, seguindo com operação de 75% dos funcionários.
SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA
Serviços de utilidade pública não sofrem alteração na operação com a vigência
da bandeira vermelha, dado sua essencialidade. Seguem atuando com 100% dos
trabalhadores.
No entanto, mesmo com 100% de operação permitida, esses estabelecimentos devem
respeitar o número máximo de pessoas por ambiente permitido com o
distanciamento mínimo obrigatório entre pessoas, isto é, respeitar o teto de
ocupação.
Em escritórios pequenos, o limite de ocupação de um ambiente pode levar a um
estabelecimento ter menos trabalhadores atuando presencialmente de forma
simultânea, mesmo com a operação de 100% autorizada.
TRANSPORTES
O transporte de passageiros passa a operar com apenas 50% dos assentos da
janela disponíveis. Sendo ambiente de aglomeração e propenso à disseminação do
vírus, esse protocolo de operação deve ser estritamente respeitado nas
bandeiras de maior risco.
Fonte:
Secretaria de Comunicação do Estado do RS, com adequações da M&M Assessoria
Contábil.
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