O Rio Amazonas é o maior rio do mundo, em
quantidade de água.
Levando-se em conta que a água do rio, que
é doce, é mais leve que a água do mar, que é salgada, e o grande volume
de água que o Rio Amazonas deságua no mar, as águas do rio podem ser
encontradas em locais bem distantes da foz do rio. Podem chegar até 400 km do
continente. Ou seja, ter a superfície de água doce em alto mar.
Conta-se que um certo navio, vindo da
Europa para a América do Sul, enfrentou dificuldades no mar, ocasionando atraso
na viagem e havia terminado os estoques de água potável.
Nas proximidades da Linha do Equador, ao
avistarem um Navio Brasileiro, logo pediram socorro:
-"nossa água para consumo acabou. Estamos
morrendo de sede. Podem nos conseguir água para beber?"
O comandante do navio brasileiro respondeu:
-"vocês estão numa região de água doce. Só
lancem os baldes ao mar e terão água para beber".
E o navio brasileiro seguiu sua viagem, sem
dar muito mais atenção.
Os tripulantes do Navio Europeu, olhando
para um lado e outro, mais uma vez constataram que estavam e alto mar e tiveram
dificuldades para acreditar. Mas, como não tinham muitas opções e a necessidade
de água era muito grande, lançaram os baldes, pegaram água e ao provar, veio a
surpresa: a água, realmente, era doce. Portanto, puderam saciar a sede e encher
as vasilhas, repondo todos os estoques de
água doce, que os garantiu água até o final da viagem.
Aspectos para reflexão:
a) A solução pode estar
próxima:
as vezes, a solução dos problemas está ao nosso lado, "embaixo dos nossos
olhos", mas não a vimos. Ou melhor, estamos vendo, mas não reconhecemos que ali
pode estar a solução (o mar estava ao lado do navio);
b) A falta de conhecimento
pode lhe colocar em problemas: o navio europeu estava em águas doces,
mas por não saberem, estavam com problemas (sede). Os tripulantes do navio
brasileiro, por conhecerem o local, rapidamente apresentaram a solução.
O que podemos
aprender? No mínimo:
1) Prudência: antes de
iniciarmos um trabalho - um empreendimento -, na medida do possível, devemos
prever o que poderá acontecer no seu desenvolvimento, fazendo as devidas
provisões (provavelmente, os responsáveis pelo navio europeu não fizeram as devidas
revisões no navio, não se detiveram na previsão do tempo, não observaram a
melhor rota, não consideraram estoques extras de água para eventuais atrasos,
etc.). No nosso trabalho, no nosso departamento, na nossa empresa, temos que
ter essa visão holística e, com prudência, tomar todas as medidas de precauções
possíveis;
2) Conhecimento: os tripulantes do
navio europeu não conheciam o mar em que estavam navegando. Não sabiam que ali
a água era doce. Nós precisamos conhecer bem o ambiente onde atuamos, a nossa
empresa, o nosso mercado;
3) Estudo: embora esses
tripulantes do navio europeu pudessem nunca ter passado pela costa brasileira,
mas essa informação que o Rio Amazonas projeta água doce mar a dentro é
conhecida e está disponível na internet e na literatura. Talvez, faltou aos
tripulantes estudarem um pouco mais sobre o trajeto que iriam fazer. Logo,
sofreriam menos. Portanto, mesmo sem ter toda a prática, estude. Muitas
dificuldades que você poderá enfrentar, alguém já trilhou antes e pode lhe
apresentar a solução;
4) Peça Socorro: quando a situação
sair do seu controle, não se constranja. Solicite socorro. Alguém, na sua volta, poderá lhe ajudar. Lembre-se, se os
tripulantes do Navio Europeu não tivessem pedido socorro, provavelmente teriam
morrido de sede.
Portanto, vamos ficar atento a nossa volta.
Ali pode estar a solução que você tanto procura.
Marcone
Hahan de Souza. Administrador e Contador. Professor Universitário. Sócio da M&M Assessoria
Contábil.