Nesse dia 22 de setembro comemora-se o Dia
do Contador. Nessa data, em 1945, através do Decreto-Lei nº 7.988, foram
criados os cursos superiores de Ciências Contábeis no Brasil. Até então, os
profissionais contábeis recebiam apenas a formação de nível médio. Portanto, um
grande avanço para a época. Hoje, temos a disposição diversos cursos de
pós-graduação com especialização, mestrado e doutorado em contabilidade.
Somos, atualmente, 355.187 contadores e
contadoras no Brasil, sendo que destes, 24.866 atuam no Rio Grande do Sul.
Outra curiosidade é que esta profissão que antigamente era muito exercida por
homens, hoje tem crescido a atuação das mulheres e já representam, no Brasil,
45,91 % dos profissionais com nível superior, e no Rio Grande do Sul o
predomínio já é das mulheres, sendo que 50,85% dos profissionais de
contabilidade do RS são mulheres (fonte: CFC).
Nesse dia também devemos refletir sobre o
futuro da nossa profissão. O que faremos para sermos mais reconhecidos? Mais
ouvidos? Melhor remunerados? Enfim, tantos desafios que temos pela frente.
Mas, por certo, em nossas mentes passam uma
espécie de filme com a lembrança da nossa decisão de cursarmos Ciências
Contábeis, a expectativa pelo vestibular, os momentos bons e difíceis da sala
de aula, provas e a nossa inesquecível formatura. Lá, junto as autoridades
acadêmicas, colegas, familiares e amigos fizemos o nosso juramento e recebemos
a nossa colação de grau. Quanta emoção!
Mas, destaco que na hora do juramento
proferimos as seguintes palavras: "Ao receber o grau de Bacharel em
Ciências Contábeis, juro, perante Deus e a Sociedade, exercer a minha profissão
com dedicação (...) comprometo-me, ainda, a lutar pela permanente união da
classe contábil (...)" (extraído do site do Conselho Regional de
Contabilidade do RS).
Portanto, no dia de nossa formatura juramos
lutar pela permanente união da classe contábil. Qualquer ato ou palavra nossa
no sentido de desunir /dividir a classe contábil deve ser vista como uma quebra
de juramento.
Procurando responder algumas perguntas
acima, sobre reconhecimento e remuneração, entendendo que a união é um dos
principais caminhos para podermos ser mais reconhecidos e termos melhor
remuneração.
Por isso, pensar no futuro da profissão
continua sendo honrar o juramento feito no dia da formatura.
Um dia desses ouvi que Alexandre, o Grande,
foi informado sobre o comportamento inadequado de um dos seus soldados e ao
dirigir-se a ele, para aplicar-lhe a punição perguntou seu nome, e o soldado
respondeu: "Alexandre". O estadista ficou muito irritado e após
aplicar-lhe a punição deu um conselho ao soldado Alexandre: "ou você muda
de comportamento ou muda de nome". Ou seja: para Alexandre, o Grande, uma
pessoa com aquele comportamento não era digno de levar o seu nome.
Contextualizando: "ou mudamos de atitude para trabalharmos em prol da
união da classe contábil, ou mudamos de profissão".
Marcone
Hahan de Souza - Contador, Sócio da M&M Assessoria
Contábil e Professor Universitário nas Faculdades Integradas São Judas
Tadeu, de Porto Alegre.