Todos os
anos, no mês de março, Porto Alegre fica ainda mais alegre. Pois, no dia 26 de
março, é comemorado o aniversário da cidade. O aniversário da Capital dos
gaúchos e de muitos outros tantos que resolveram escolher esta cidade para
morar, trabalhar, casar, ter filhos, empreender...
Falando em
casais, um dos primeiros nomes da, hoje cidade, foi Porto dos Casais, por ter
recebido 60 casais açorianos que, inicialmente, iriam ocupar a área hoje
conhecida como Morro Santana. Mas devido às dificuldades para conseguir água
naquele lugar, foram se transferindo para mais próximo às margens do Lago
Guaíba, onde estava o Porto. Por terem muitos casais ali, deu-se o nome de
Porto dos Casais. E, com muitos casais e junto a movimentação do Porto,
observou-se um ambiente muito alegre. Por isso, mais tarde o nome da cidade
passou a ser Porto Alegre (próximo ao porto havia uma comunidade muito alegre).
Neste diapasão
dos casais açorianos, também observa-se que desde o início a cidade teve forte
vocação para receber bem as pessoas vindas de outros lugares. Boa parte dos
habitantes de Porto Alegre, com mais de 50 anos de idade, tem suas origens no
interior do estado ou de outras regiões do Brasil e, até, dos vizinhos países
Uruguai e Argentina.
Porto
Alegre. Porto mais Alegre. Porém, nestes últimos doze meses, por causa da
pandemia do coronavírus, Porto Alegre não está tão alegre. Já contabilizamos
mais de 127 mil porto-alegrenses contaminados e, infelizmente, mais de 3.300
mortes na capital. Nas últimas semanas temos passado pelo pior momento da
pandemia na capital gaúcha. Estamos com ocupação de 115% dos leitos de UTI.
Mas, também temos notícias boas: mais de 109 mil porto-alegrenses que
contraíram o vírus e estão recuperados; mais de 179 mil pessoas já
receberam a primeira dose da vacina (o que representa 12% da população) e 72
mil já receberam a segunda dose.
O comércio
está funcionando com muitas restrições. Restaurantes e bares não estão
derramando alegria em suas calçadas. As ruas estão pouco movimentadas. A grande
maioria das pessoas estão em quarentena, trancafiadas em suas casas.
O que
fazer com toda esta situação?
Imagino
que devemos:
a) Usar esse tempo para
reflexão. Reconhecermos a fragilidade humana. Somos quase
nada. Somos iguais. Pobres e ricos; pessoas com poder e as com menos títulos;
doutores e os analfabetos, etc. "todos nós estamos no mesmo barco".
Ou seja, se contrair o vírus e, dependendo da idade ou de outros aspectos de
saúde, terá sérios problemas;
b) Aprender com a situação. Valorizar mais o convívio em família. Rever os conceitos, as
prioridades. Se reinventar;
c) Acreditar que vamos sair
dessa. Já passamos por outras crises e sobrevivemos.
Parece que esta é muito grave. Mas, vamos ter esperança e agir para que
possamos sair desta situação. Ter a esperança que iremos comemorar o próximo
aniversário de Porto Alegre numa situação bem melhor. Se Deus quiser, sairemos
ainda mais fortalecidos.
Um abraços
a todos e tomem as precauções com o vírus.
Marcone
Hahan de Souza.
Contador e
Administrador. Professor Universitário. Sócio da M&M Assessoria
Contábil.