Casas de câmbio acrescentam o
valor dos custos de funcionamento à moeda, além de ser necessário pagar o
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Também é possível usar cartões de
crédito e débito no exterior.
Já se planejou para uma viagem internacional e, ao
comprar o dólar, percebeu que o valor da casa de câmbio não é o mesmo daquele
anunciado nos noticiários? A razão disso é que existem dois tipos de dólar: o
comercial e o de turismo. Veja a seguir as
diferenças.
Dólar comercial:
Essa moeda é usada para importação e exportação em
transações entre empresas e não considera a inflação, explica Carla Beni,
professora de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O valor deste dólar varia conforme a demanda dessas
empresas, bancos, entre outros. A negociação é feita seguindo o calendário e o
relógio norte-americano, ou seja, não funciona fora do horário comercial ou em
feriados dos EUA.
Dólar turismo:
É a moeda que turistas compram nas
casas de câmbio e em bancos. Apesar de usar o dólar comercial como
referência, ela sempre será mais cara, uma vez que tem o valor adicional
dos custos administrativos da casa de câmbio, por exemplo, aluguel,
funcionários e carro-forte. Além disso, há o acréscimo relacionado ao
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide sobre a transação.
Por essa razão, o preço desta moeda varia conforme
a casa de câmbio ou ainda por serviços mais diferenciados, como no caso de quem
contrata o courier (a entrega do dinheiro em casa).
Ainda assim, é possível encontrar levantamentos de
financeiras ou sites de economia apontando uma média do valor do dólar turismo
diariamente. A conta é feita a partir de casas de câmbio e bancos selecionados
por cada instituição, explica Beni.
Para comprar o dólar turismo, a pessoa irá precisar
apresentar um documento e fornecer o CPF. O valor comprado será informado para
a Receita Federal.
Cada banco ou casa de câmbio pode estabelecer um
limite máximo para venda da moeda, isso porque se trata de algo físico,
portanto, caso sejam muitas notas, pode ser que o estabelecimento não tenha em
mãos na hora da compra.
Entenda a diferença entre o dólar turismo e o dólar comercial
Só pode
levar nota?
Depois de entender qual moeda é a que deve ser
comprada para a viagem, é preciso planejar como será feita a aquisição. É
possível ainda usar cartões de débito e crédito no exterior. Veja abaixo.
Quando
comprar a nota:
Como a moeda tem muitas variações ao longo de um período, é difícil prever
quando ela estará mais barata. Por isso, a professora recomenda comprar as
notas de modo fracionado, desde o momento em que a pessoa decide viajar até o
dia do embarque.
Vale lembrar que é importante sempre evitar andar
com grandes valores em dinheiro impresso, para evitar perdas maiores em
assaltos. No hotel, uma possibilidade é sempre deixar o dinheiro guardado no
cofre.
Viajando para o exterior: saiba o quanto de moeda
estrangeira comprar
Como
funciona a fatura do cartão de crédito:
Cada banco pode ter um sistema próprio para a
cobrança dos valores gastos, uma vez que o dólar muda todos os dias. De
qualquer forma, o pagamento das compras será feito, em reais, no dia do
vencimento da fatura do cartão. E o limite de compra também seguirá o do
cartão, em reais.
Para a conversão do valor das compras feitas em
dólar para o real, algumas possibilidades adotadas pelas emissoras de cartão
são considerar o valor do dólar no dia da compra, o câmbio do dia do fechamento
da fatura ou calcular qual foi o valor médio do dólar entre os dias que o
cliente realizou compras.
Além disso, cada emissora também pode decidir se
vai usar o valor do câmbio comercial ou turismo.
O cartão também terá a incidência de impostos, como
IOF.
Como é usar o cartão de débito ou sacar dinheiro:
O turista tem a opção de usar contas internacionais
para realizar pagamentos e saques em solo estrangeiro.
No Brasil, não é permitido abrir contas em dólar;
portanto, os depósitos são feitos em reais, mas, na hora de usar ou sacar, é
utilizada a moeda local, explica Beni.
Há ainda a funcionalidade do cartão pré-pago, que é
como um cartão de débito internacional. A diferença é que o turista faz o depósito
de um valor em real que seja equivalente ao montante em dólar que é desejado. A
conversão da moeda é feita no dia do depósito.
Apesar do cartão ser pré-pago, a pessoa precisa
abrir conta no banco para tê-lo, diz a professora.
O cliente pode usar em compras e realizar saques
com o cartão.
Vale ressaltar que existem taxas que são cobradas
para esses tipos de transações, sendo diferentes conforme cada banco. É
fundamental consultar as instituições escolhidas antes de efetuar a abertura da
conta para entender o custo final.
O que são as contas globais:
São instituições financeiras que
permitem a criação de uma carteira digital que funcione em vários países.
Com elas, o cliente pode fazer recargas e as conversões de moeda por meio de um
aplicativo no celular, a qualquer momento. Também é possível fazer saques em
caixas eletrônicos - com uma taxa cobrada pela conveniência. Além disso, é
possível solicitar um cartão físico e realizar as compras por aproximação do
celular.
A modalidade evita o custo de encargos tributários
existentes na utilização de cartão de crédito no exterior e de cartões
pré-pagos em moeda internacional.
Fonte:
G1
Gostou
da matéria e quer continuar aumentando os seus conhecimentos com os nossos
conteúdos?
Assine,
gratuitamente, a nossa Newsletter Semanal M&M Flash, clicando no link a
seguir:
https://www.mmcontabilidade.com.br/FormBoletim.aspx, e
assim você acompanha as nossas atualizações em primeira mão!