O Ministério da
Fazenda desistiu de criar um teto para a isenção de Imposto de
Renda Pessoa Física (IRPF) para pessoas com doenças graves.
Em nota, a assessoria da pasta admitiu que a proposta chegou a
ser estudada, mas foi retirada das discussões.
"A Fazenda não
enviou e não vai enviar proposta sobre teto de isenção para moléstia grave. A
medida chegou a ser estudada, mas acabou sendo retirada das discussões a pedido
do presidente Lula. Devido a esse e outros ajustes o projeto de lei ainda não
foi encaminhado para a Câmara", informou o comunicado.
A instituição de um teto para doenças graves seria uma das medidas
que ajudariam a compensar a elevação da isenção de Imposto de Renda para quem
ganha até R$ 5 mil.
Em novembro/2024, ao anunciar o pacote de corte de
gastos junto com a proposta de aumentar a faixa de isenção, o Ministério da
Fazenda havia anunciado que pretendia restringir a isenção de Imposto de Renda
Pessoa Física nos casos de doença grave apenas a quem ganha até
R$ 20 mil por mês.
Conforme anunciado na época, a dedução de 100%
dos gastos com saúde na declaração do Imposto de Renda não mudaria.
A proposta, no entanto, enfrentou
resistência da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal
(Unafisco). A entidade ameaçou entrar no Supremo Tribunal
Federal (STF), caso a medida virasse lei.
Segundo a Unafisco, a retirada da
isenção de Imposto de Renda a pessoas com doenças graves é inconstitucional.
Para a entidade, o benefício deve abranger todas as pessoas com enfermidades
graves, independentemente da renda mensal.
Fonte: Agência
Brasil, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil