O Pix por biometria promete revolucionar
o comércio, já que vai permitir fazer transações sem abrir o aplicativo do
banco
O sistema de pagamentos instantâneos, que revolucionou a forma como os
brasileiros lidam com o dinheiro, está prestes a dar um novo passo.
Conhecido informalmente como "Pix 2.0", o Pix por Biometria promete
transformar a experiência de compra online, eliminando a necessidade de sair do
site ou aplicativo da loja para concluir uma transação.
A novidade é um desdobramento da Jornada Sem Redirecionamento (JSR), uma
iniciativa do Banco Central regulamentada pelo Open Finance.
A proposta é simples e foca em conveniência e segurança. Em vez de
copiar e colar códigos ou escanear QR codes, o novo método permite que o pagamento
seja autorizado diretamente com a impressão digital, reconhecimento facial ou
uma senha salva no aparelho do usuário.
Como funciona na prática?
A primeira vez que o usuário opta por essa modalidade de pagamento, ele
se encaminha para o aplicativo do banco para vincular a conta bancária ao seu
dispositivo. Este é um passo importante de segurança, que acontece uma única
vez.
Após o login e a validação, os dados são armazenados de forma segura e a
biometria do usuário é cadastrada. A partir daí, o processo se torna
instantâneo. Em compras futuras, o usuário apenas precisa selecionar o Pix por
Biometria e autorizar a transação com um toque ou um olhar, tudo dentro do
ambiente da própria loja.
Essa agilidade não só melhora a experiência do consumidor, mas também
pode ser um catalisador de vendas para o varejo online. Afinal, a praticidade
reduz as chances de abandono de carrinho, um desafio comum no e-commerce.
Para o consumidor, a principal vantagem reside na segurança e rapidez. A
autenticação biométrica, já consolidada em smartphones, oferece uma camada
extra de proteção, diminuindo o risco de golpes.
Cancelamento e cuidados
Apesar da praticidade, o Pix por Biometria mantém as mesmas regras de
seu antecessor. Uma vez que o pagamento chega ao fim, não é possível
cancelá-lo, já que a transferência de valores é instantânea.
No entanto, em caso de fraudes ou erros operacionais, o usuário pode
acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), a ferramenta do Banco Central
projetada para reverter transações em circunstâncias específicas.
Dessa forma, em um cenário onde a velocidade e a segurança digital se
tornam cada vez mais essenciais, o Pix por Biometria chega para consolidar a
posição do Pix como uma das plataformas de pagamento mais inovadoras e
eficientes do mundo.
A nova funcionalidade sinaliza um futuro onde as transações financeiras
são tão fluidas e integradas à nossa rotina digital quanto a própria navegação
na internet
Fonte: Jornal Contábil