Institucional Consultoria Eletrônica

Como atingir Objetivos e Metas


Publicada em 19/07/2018 às 09:00h 


Na noite anterior à caçada, os aborígines australianos, com quem vivi e estudei durante mais de um ano, fazem a dança da caça onde uma parte do grupo faz o papel da caça e outra parte o dos caçadores. Nessa dança eles acreditam "caçar" o animal. Após a "caçada" (na dança) eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão "apanhar o animal", com os bumerangues e lanças próprios para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente "caçado" durante a dança na noite anterior.

 
O que a caçada aborígine nos ensina?


Em primeiro lugar vemos que a "dança" é uma preparação mental e física para a caçada (objetivo) e ao mesmo tempo um verdadeiro "treinamento". Quando imitam o animal e o ato de caçar, fazem, na verdade um treinamento de simulação da caça verdadeira. Aí são discutidos os hábitos do animal a ser caçado, o comportamento dos caçadores, as armas e a destreza no uso dos equipamentos (bumerangues e lanças), etc. 


Mas o principal é que a dança serve para fixar claramente qual é o objetivo do dia seguinte - caçar aquele determinado animal (e não outro).


Com o objetivo bem determinado, claro e de conhecimento de todos (qual é o animal a ser caçado) e com ações de preparação e treinamento (dança noturna) para conquistá-lo, e com as armas certas, não há como não obter êxito na caça!


No dia seguinte, a caçada segue sem nenhuma tensão ou ansiedade pois que a certeza de caçar é tão grande que basta apenas ter dedicação e entusiasmo para se atingir o objetivo final - trazer o animal para a aldeia!


Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo e metas claros e definidos, instrumentos certos para atingi-los (ou armas adequadas), pessoas certas e habilidades treinadas, dedicação e entusiasmo e, com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que parecem ser.
Os dias atuais de extrema mudança e competitividade exigem que tenhamos claro os nossos objetivos pessoais e profissionais e um total envolvimento e comprometimento com as coisas e com as causas da empresa em que trabalhamos. Para atingir um objetivo é preciso que não nos economizemos em nossa capacidade de participar dos programas e projetos de qualidade, produtividade, agressão ao mercado, vendas e outras atividades que levem nossa empresa ao sucesso.


Há pessoas que não se envolvem, não se comprometem, com a idéia falsa e errônea de que não se envolvendo e não se comprometendo ficam isentas de problemas. Nada mais falso! Pessoas que preferem "morrer sentadas" com medo de participar ficam à margem do caminho, nunca são promovidas e são vistas como não-comprometidas.

 
As pessoas de sucesso são as que não têm medo de se comprometer e as que compreendem que o sucesso exige de nós a coragem para correr riscos, para assumir compromissos e lutar por nossos objetivos. A diferença fundamental entre ganhadores e perdedores está na medida do comprometimento, do envolvimento, da participação e da capacidade de fazer, empreender.


Você conhece funcionários que ficam procurando maneiras de fazer as coisas pelo caminho menos comprometido e mais fácil? Você conhece funcionários que ficam o tempo todo olhando no relógio para ver quando terminará o expediente para irem embora o mais rapidamente possível? Você conhece pessoas que não participam de nada em suas comunidades para não se envolverem em coisas que "dão trabalho"? 
Eu conheço muita gente assim e tenho pena dessa gente.


O tempo atual é dos que tem objetivos claros e são comprometidos com aquilo que fazem. Vejo, com pesar, pessoas que se economizam o tempo todo. Parece que não querem "gastar-se". Não querem "doar-se" àquilo que fazem. Essas pessoas jamais terão sucesso algum. Jamais experimentarão o prazer de serem avaliadas positivamente. Jamais alcançarão seus objetivos e metas.


Quanto mais uma pessoa se economiza, mais os outros a economizarão, não contando nada a elas, não as envolvendo nas decisões, não perdendo, enfim, tempo com elas. E assim, elas vão ficando cada vez mais "por fora" e alheias a tudo o que acontece e, é lógico, serão igualmente esquecidas nas promoções e nas oportunidades de crescimento pessoal e profissional.


Com um objetivo claro e definido, pessoas comprometidas experimentam o sucesso tão invejado pelos que não se envolvem, não se comprometem e ficam à margem do caminho.


Acredite! Tenha foco, se aperfeiçoe, use as armas adequadas, tenha dedicação e entusiasmo e traga para casa o seu "bicho"!


Pense nisso. Sucesso!

Por Luiz Marins






Sobre o(a) colunista:



Autor: Luiz Marins - Antropólogo. Estudou Antropologia na Austrália (Macquarie University) sob a orientação do renomado Prof. Dr. Chandra Jayawardena (Sri Lanka) e na Universidade de São Paulo (USP) sob a orientação da Profa.Dra. Thekla Hartamann, autor de mais de 13 livros.
E-mail:
anthropos@anthropos.com.br



Telefone (51) 3349-5050
Vai para o topo da página Telefone: (51) 3349-5050