Institucional Consultoria Eletrônica

A Visita da Velha Senhora


Publicada em 13/09/2018 às 09:00h 

Com os meios de comunicação só falando em crise no mundo inteiro, acredito que a "velha senhora" já esteja nos enviando um "telegrama" avisando de sua chegada entre nós. Leia o texto abaixo.

Estamos todos sentindo um certo arrepio e um certo odor de crise no ar. A recessão voltou a ser tema de conversas e manchetes dos jornais. Os que podem e precisam do produto, esperam um pouco mais para comprar e o número dos que se sentem capazes até de esperar, diminui.

 

Os estoques começam a encalhar e os níveis de emprego a sofrer a trágica ameaça das dispensas e cortes lineares. A crise é de confiança e sem confiança não há investimentos, não se arrisca, não se faz.

 

Temos a impressão de que ela já nos passou o fatídico telegrama avisando de sua chegada à nossa casa e não haverá como não recebê-la, por mais indesejada que seja a visita desta velha senhora.

 

O que fazer? Qual o comportamento que as empresas devem ter durante o período mais recessivo? Como não se desesperar diante desta senhora que entra em nossa casa e desarruma nossos pertences?

 

A única solução para a empresa, numa época em que seja preciso vender, conquistar cada cliente, fazer com que ele se transforme em nosso ativo vendedor é aprimorarmos, ainda mais, a nossa capacidade de inovar na PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

 

A tendência universal e crescente é a de que os produtos tenham cada vez mais semelhança tecnológica. O desenvolvimento científico e tecnológico faz com que os produtos comecem a ser cada vez mais tecnologicamente semelhantes. A qualidade dos produtos concorrentes começa a perder diferenciais significativos. Todas as marcas começam a apresentar bons produtos ao mercado e a fidelidade do consumidor a marca, começa a tornar-se cada vez mais frágil. Basta que ele experimente o produto concorrente e ele verá que é igualmente bom. O mesmo ocorre com relação aos preços. A similitude tecnológica induz à igualdade de preços. E os produtos começam a ter qualidade e preços similares.

 

Nessa situação, o que fará um consumidor optar? O que fará um consumidor optar por esta ou aquela marca, por esta ou aquela loja?

 

Sem dúvida alguma, a capacidade na prestação de SERVIÇOS.

 

Vencerá a concorrência a empresa que conseguir prestar o melhor serviço aos seus clientes. E SERVIÇO é toda uma gama de atividades e atitudes que a empresa disponibiliza até que o produto seja consumido pelo cliente. Assim, envolve atendimento, distribuição e entrega, assistência técnica pós-venda, informação sobre usos e potencialidade do produto, atenção nos tratos administrativos, rapidez, controle de qualidade, etc., etc.

 

Definitivamente não basta ter o melhor produto. E preciso oferecer o melhor SERVIÇO.

 

Investir na prestação de serviços é sabedoria que poucas empresas demonstram ter em épocas de crise. A norma é geralmente oposta. Corta-se tudo o que satisfaz o cliente e que dá à empresa o seu necessário diferencial no mercado.

 

O momento é de cativar, i.e. tornar cativos, os clientes que já possuímos. Não podemos admitir a perda de um cliente sequer e só conseguiremos essa fidelidade com SERVIÇO.

 

Repensar a minha capacidade administrativa interna e analisar se a minha empresa está sendo capaz de prestar o melhor serviço aos clientes parece ser a tarefa do momento. Ter pessoas cada vez mais competentes em nossos quadros é, pois a exigência. Ao contrário do que se pensa, em épocas de crise temos que ter as melhores pessoas conosco e não as piores, as mais baratas, as menos competentes.

 

Só assim, nos preparando com competência e decisão em nossa capacidade de prestar serviços é que poderemos ainda sorrir no momento em que a velha senhora chegar.

 

Pense nisso. Sucesso!

Por Luiz Marins






Sobre o(a) colunista:



Autor: Luiz Marins - Antropólogo. Estudou Antropologia na Austrália (Macquarie University) sob a orientação do renomado Prof. Dr. Chandra Jayawardena (Sri Lanka) e na Universidade de São Paulo (USP) sob a orientação da Profa.Dra. Thekla Hartamann, autor de mais de 13 livros.
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