Esquecer não é fácil!
Como seria bom se fossemos capazes de esquecer com facilidade as ofensas que
recebemos, os problemas que tivemos, as pessoas que amávamos e que se foram.
Como seria bom se ao acordar conseguíssemos deixar para trás as mágoas, as
indiferenças, as injustiças sofridas e todos os dias começássemos uma vida
nova. Como seria bom se ao perdoarmos alguém fossemos capazes de esquecer o que
esse alguém nos fez.
Se a memória do passado
não nos deixa pela sua própria natureza, cabe a nós, num enorme esforço de vontade,
num autodesafio enorme, desenvolver a difícil arte de esquecer. E temos que
fazer esse esforço pela razão para que possamos sobreviver com equilíbrio, pois
do contrário viveremos remoendo um passado que já se foi e, como sabemos,
jamais voltará. Se perdoar não basta para esquecer é preciso tentar esquecer
para perdoar. E não é fácil. E quem disser que é fácil estará nos enganando.
Quantos casamentos,
relações afetivas, empregos, carreiras e mesmo vidas foram jogadas fora pela
nossa incapacidade de esquecer ofensas, muito graves ou menos graves, e que não
conseguimos despejar de nossa memória. Você mesmo será capaz de apontar, em
conhecidos, amigos e em você mesmo, várias situações onde ninguém ganhou, todos
perderam, pela incapacidade de esquecer.
Nesta semana, procure
fazer esse imenso esforço para esquecer as ofensas, as mágoas, as injustiças,
as calúnias, os maus-tratos, as caras feias, as indiretas, e um triplicado
esforço para perdoar quem fez tudo isso que não sai da sua memória. Não será fácil.
Você terá que reconhecer essas memórias todas e uma por uma jogá-las num
arquivo morto e se esquecer até de onde as arquivou.
Não faça da sua vida um
eterno remoer, um eterno desejo de vingança, um eterno sofrer por um passado
que já se foi.
Pense nisso. Sucesso!
Por Luiz Marins