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Comportamentos que potencializam péssimos resultados


Publicada em 18/10/2019 às 09:00h 

Descubra quais são os comportamentos que segundo os gestores mais afetam o desempenho de um profissional.

Já faz algum tempo que o Grupo Foco perguntou a 943 gestores quais os comportamentos dos seus liderados que diminuem em muito a produtividade, e claro, atrapalham o desempenho de qualquer pessoa.

Toquem os tambores por que aí vem os comportamentos mais citados. Perceba como os resultados continuam atuais.

1. Desorganização e falto de foco

Este foi o comportamento mais citado por exatos 19,6% dos entrevistados.

Profissionais desorganizados perdem tempo na própria bagunça, isso quando a desordem própria acaba por atingir o desempenho da equipe.

Caos e foco são atitudes que não se misturam e uma não convive com a outra. Pode apostar que algazarra em excesso nos processos só contribuem para o estresse e conflitos entre as pessoas.

A solução é uma só: simplificar, ajudar a manter a ordem na agenda e nas atividades dos bagunceiros, senão os resultados ficarão longe do desejado.

2. Resistência a mudanças

Nada mais, nada menos do que 16,5% dos entrevistados citaram esse tipo de conduta.

Defender o atual status quo é um dos mais antigos hábitos do mundo corporativo.

Todo mudança assusta e antes de melhorar... piora.

O problema é que toda vez que você briga com a mudança existe uma grande chance dela literalmente passar por cima de você.

Onde estão os datilógrafos que se recusaram a usar os computadores?

A metáfora é um grande exagero, mas ilustra perfeitamente o quanto é fácil ficar para trás quando nos recusamos a aprender algo novo, abrir a mente e pensar positivo.

Só com a mudança, seja de hábitos, processos ou sistemas é que podemos alcançar um novo nível.

Mudança boa é aquela que incomoda, que tira a gente da zona do conforto, traz novas possibilidades e depois de tudo pronto já dá vontade de mudar algo para melhorar ainda mais.

Só para refletir: quanto a sua empresa já perdeu de dinheiro devido a pessoas que resistem às mudanças?

3. Não saber lidar com a pressão

Pressão demais estoura, mas pressão de menos acomoda.

Qual é o ponto ideal?

Para minimizar esse problema tenha em mente que o processo deve estar perfeitamente alinhado com a meta. Exemplo: a meta de vendas é compatível como a nossa capacidade de entrega?

Processos claros e bem delineados também diminuem os conflitos pessoais e nunca é demais lembrar que pressão não tem nada a ver com gritar com funcionário, pedir o impossível ou menosprezar as pessoas. Isso na verdade é assédio moral.

Defina os limites de pressão, que no ponto certo, mais ajuda do que atrapalha.

4. Pouco compromisso com as metas

O sonho de 100% dos gestores é ter uma equipe comprometida, mas 11,5% dos entrevistados alegam que esse comportamento está distante da realidade.

Profissionais engajados são mais produtivos, iluminam o ambiente e são mais respeitados.

É preciso diagnosticar os reais motivos dos que não tem compromisso com as metas. Qual e a razão? E daí extrair lições valiosas para definir metas ou alinhar processos.

Aqueles que não tem resposta para essa pergunta são sérios candidatos a demissão, afinal as pessoas estão na empresa para se dedicar e ajudar e não o seu contrário. E você líder, ouça com atenção e mude o que precisar ser mudado.

Dizer que não dá para atingir as metas e não explicar o real motivo é o mesmo que ficar olhando a janela do tempo passar, só admirando a paisagem, enquanto o abismo não chega.

5. Falta de iniciativa

Mas o que é falta de iniciativa?

Não é nada raro o gestor pensar que o profissional não tem iniciativa e uma das qualidades mais citadas em entrevistas de emprego por parte do candidato e justamente se dizer proativo.

Sinto dizer que a percepção de líder e liderados neste quesito são bem diferentes.

A sugestão que fica é sempre ter o máximo de certeza de que o profissional, mais do saber o que fazer, sabe o como fazer, para evitar atritos futuros. Caso a percepção de "falta de iniciativa" seja muito grande é hora de chamar o colaborador para uma sessão de feedback, sempre levando em conta fatos e não percepções ou o famoso "eu acho que" ou "seu fosse eu nessa situação".

O feedback é um momento ideal para acertar as arestas e deixar bem claro para o seu funcionário o que é considerado iniciativa dentro da empresa.

6. Foco no curto prazo

Desejar resultados rápidos e não pensar em longo prazo foi o comportamento citado por 7,2% dos entrevistados.

Essa é uma prática muito recorrente nos dias de hoje.

Querer tudo para ontem, pode demorar o tempo que quiser desde que seja agora, vamos com calma por que eu tenho pressa... podemos fazer um texto só com frases que nos remetem a ansiedade, angústia, resultados rápidos e muitas vezes inconsistentes.

O papel do líder acima de tudo é educar, servir, ser o exemplo e construir uma relação de confiança com sus liderados. Nada do que citei se constrói no curto prazo, então mãos na massa e sempre lembre os seus liderados a expressão: quem tem pressa come cru.

Líderes admirados tem um característica em comum: ensinar como fazer bem-feito. A expressão "bem-feito" (grafada com hífen), segundo a Academia Brasileira de Letras (ABL), é um adjetivo, significando "caprichado, bem-acabado".

Agora vamos fazer um exercício de logística reversa. Por favor, me acompanhe.

Você já sabe quais são os comportamentos que potencializam PÉSSIMOS resultados, isso significa que você também, por tabela, sabe quais são os comportamentos que potencializam EXCELENTES resultados.

Já é um excelente caminho, não?

Por Paulo Araújo






Sobre o(a) colunista:



Paulo Araújo é especialista em Inteligência em Vendas e Motivação de Talentos. Diretor da Clientar – Projetos de Inteligência em Vendas. Autor de "Paixão por Vender" - Editora EKO, entre outros livros.



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