Relacionamento do
cliente com o banco determinará taxa aplicada
A Caixa Econômica Federal lançou uma nova linha de crédito habitacional com
taxa fixa. As contratações podem ser feitas a partir desta sexta-feira com
juros de 8% a 9,75% ao ano, dependendo do tempo de financiamento e do
relacionamento do cliente com o banco.
As condições
são válidas para imóveis residenciais novos e usados, com quota de
financiamento de até 80% do valor do imóvel. O cliente poderá escolher entre os
sistemas de amortização SAC (com parcelas decrescentes), para contratos de até
360 meses, ou Price (parcelas fixas), para financiamento de até 240 meses.
"Vamos
permitir que as pessoas tomem empréstimos por 20 anos, 30 anos, sabendo, desde
o primeiro dia, quanto vão pagar", disse o presidente da Caixa, Pedro
Guimarães. No ano passado, o presidente do banco havia adiantado a intenção do
banco em adotar o crédito habitacional pré-fixado. Nesta quinta-feira, ele
explicou que, agora, os clientes têm três opções de contratação: com correção
pela Taxa Referencial (TR), definida pelo Banco Central; pela inflação, medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); ou sem correção.
"Lembrando
que temos carteira de R$ 460 bilhões. A (modalidade) IPCA com R$ 10 bilhões, já
emprestamos R$ 6,5 bilhões, e, agora, estamos lançando também taxa fixa com R$
10 bilhões", disse o vice-presidente da Habitação da Caixa, Jair Mahl.
O crédito
habitacional com contratos corrigidos pela inflação foi adotado em agosto do
ano passado pela Caixa. Nessa modalidade, os juros variam de 2,95% a 4,95%. Já
pela TR, as taxas vão de 6,5% a 8,5%.
Durante seu
discurso, o presidente Jair Bolsonaro comentou as facilidades atuais do
financiamento habitacional. Em 2019, a Caixa concedeu R$ 26,6 bilhões em
crédito imobiliário pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE),
que têm recursos captados, principalmente, dos depósitos de poupança pelos
bancos e outras instituições financeiras.
A nova linha
tem taxas diferenciadas, a depender do relacionamento do cliente com a
instituição financeira. A mínima, de 8% para financiamento de 10 anos, deve ser
direcionada a pessoas que já têm relações com a Caixa. Nessa mesma categoria, a
taxa sobe para 8,5% no caso de um contrato de 20 anos, e para 9% quando o
financiamento atingir 30 anos.
Já para quem
abrir uma conta no banco agora, as taxas variam entre funcionários públicos e
privados. Para o contrato de 10 anos, o funcionário público pode conseguir uma
taxa de 8,25%, e do setor privado, de 8,5%. No caso de 20 anos, a taxa fica em
8,75% (público) e 9% (privado). Para 30 anos, 9,25% (público) e 9,5% (privado).
Já quem
optar por não ter uma conta na Caixa, a linha oferece taxa de 9,75% para
contrato de 30 anos. "Para ter a taxa mínima, você precisa, naturalmente,
ter um tempo de relacionamento um pouco maior, são fatores que consideramos. Já
temos esse padrão há algum tempo. Tem que ter uma posição dentro do
banco", explicou Mahl.
Os clientes
podem fazer simulações e saber mais sobre as modalidades de financiamento no
site da Caixa.
Banco estuda reduzir juro do cheque
O presidente
da Caixa, Pedro Guimarães, sinalizou, na manhã desta quinta-feira, que a
instituição deve reduzir para abaixo de 4,95% ao mês o juro do cheque especial.
"Estamos, por enquanto, em 4,95%.
Hoje é dia
do crédito imobiliário, mas vamos reduzir também, acabamos de aprovar isso.
Então, presidente, esses 4,95% serão reduzidos, porque estamos ganhando muito
dinheiro e vamos devolver para sociedade", disse, durante evento de
lançamento da nova linha de crédito imobiliário da Caixa em cerimônia no Palácio
do Planalto com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro.
No fim do
ano passado, o Banco Central adotou medida para limitar o juro do cheque
especial em 8% ao mês, o que começou a valer em janeiro. A Caixa já vem
praticando taxas de juros inferiores ao limite estipulado pelo BC.
Fonte: Jornal do Comércio RS
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