Banco estadual emprestou R$ 354 milhões
na primeira fase do programa para as MPEs
O Banrisul terá R$
730 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para lastrear o repasse de
crédito a micro e pequenas empresas na fase 2 do Pronampe.
Segundo nota da Agência Brasil, o Ministério da Economia informou que parte do
fundo, que terá R$ 12 bilhões na nova etapa que ainda não começaram a ser
acessados por empreendedores, será repassada para instituições regionais
habilitadas.
O banco gaúcho terá
a maior cota nesta segmentação do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte. O novo valor representa mais que o dobro do emprestado na primeira fase,
quando somou R$ 354 milhões em 9 mil contratos. A liberação para concessão da linha
é esperada para esta semana.
A segunda fase do
Pronampe, cuja liberação é aguardada há mais
de duas semanas por candidatos aos recursos, terá limite mais
restrito de repasse por empresa que conseguir o dinheiro. Segundo o Ministério
da Economia, a regulamentação da nova oferta vai prever teto de R$ 100 mil. No
regramento anterior, o limite era de 30% da receita bruta anual de 2019.
Mas a Agência Brasil
citou que valerá o limite de 30% da receita bruta anual. É aguardar as regras
para ver o que vai ser o parâmetro.
O Pronampe alcança micro e pequenas empresas (MPEs) e é
apontado como a linha mais importante em meio à crise
sanitária, com fechamento de negócios e demissões.
A largada da nova
fase de repasses, esperada há duas semanas, desde a renovação da linha na
Medida Provisória (MP) 944, mas que depende de outra MP que vai regrar o
acesso, condicionada ainda à liberação do crédito extraordinário, segundo a
pasta.
O Ministério
informou, na semana passada, que a oferta dependia da publicação da "MP do
Crédito Extraordinário". "Assim que o recurso chegar no FGO, os
bancos começarão a liberar os empréstimos. A expectativa é de que isso ocorra
nos próximos dias", disse, por nota, a pasta. A expectativa é que seja
liberado esta semana.
Empreendedores como
o dono de academia de ginástica com atuação em Porto Alegre Ricardo
Paranhos vão tentar de novo a busca do crédito. Ele se candidatou na primeira
fase, mas não teve êxito. A reportagem do Jornal do
Comércio mostrou o caso de Paranhos em julho, no período
da volta de restrições de atividades econômicas na Capital.
"Mas vou tentar
via Sicredi. O Banco do Brasil é muito complicado", lamenta o dono de
academia. "Já deixei meu cadastro (na cooperativa) para verificação e
futura aprovação", conta Paranhos.
Um dos diferenciais
da linha frente a outras modalidades operadas por bancos é o juro mais baixo e
garantia aportada pelo Tesouro Federal. O Fundo Garantidor de Operações (FGO) é
o grande trunfo. A fase dois foi assegurada com a aprovação de mais R$ 12
bilhões para o fundo.
A projeção é de que
o total de aportes possa chegar a R$ 14 bilhões, pois os bancos e outras
instituições financeiras que atuam com empréstimos - no Rio Grande do Sul, o
Badesul, que é uma agência de fomento, e o Sicredi, cooperativa de crédito -,
têm de reforçar a ofertar com mais recursos próprios sem cobertura do FGO.
Na primeira rodada,
foram injetados R$ 18,7 bilhões em empreendimentos pelo País, com saldo de R$
15,9 bilhões do FGO. O Rio Grande do Sul repassou
R$ 1,78 bilhão para 28,3 mil pedidos atendidos, segundo maior volume no País,
que registrou 217,9 mil contratos.
A equipe do Sebrae
no Rio Grande do Sul está na expectativa, pois aumenta a angústia entre
empreendedores que não conseguiram até agora acessar o dinheiro devido á grande
demanda. Muitas instituições acabam priorizando clientes devido ao
relacionamento.
"A notícia que
temos (mas sem confirmação oficial dos bancos) é que a operação retorna amanha
(terça-feira). Parece que hoje (esta segunda-feira) ai a aprovação operacional
do FGO", comenta Augusto Martinenco, gerente interino de Inovação e
Serviços Financeiros do Sebrae-RS.
Banrisul e Sicredi esperam o sinal verde do Ministério
da Economia para poder assinar novos contratos. O banco público estadual
quer repetir o mesmo nível de repasse da primeira fase.
O Badesul foca na análise de pedidos que
chegaram na primeira fase.
Quem pode buscar
o crédito (regras da primeira fase)
§ Microempresa com receita bruta em 2019 até R$ 360 mil
§ Pequena empresa com receita bruta em 2019 de mais de R$ 360
mil até R$ 4,8 milhões
Qual é o valor
máximo que pode contratar
§ A MP a ser regulamentada para a fase 2 deve trazer limite
mais estreito de valor que poderá ser acessado por CNPJ
§ Empresa com até um ano de atividade: limite de até 50% do
capital social ou 30% do faturamento médio mensal
Custo do dinheiro pedido
§ Taxa de juros máxima igual à taxa do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic) mais 1,25% sobre o valor concedido
Prazo para pagar o empréstimo
§ 36 meses, com oito meses de carência para pagar a primeira
parcela (a carência está incluída no período total de quitação)
Garantias (são duas possibilidades)
§ Garantia
pessoal: empresas com mais de um ano
deve ser igual ao valor contratado mais encargos. Empresas com menos de um ano,
a garantia pessoal pode chegar a 150%.
§ Fundo
Garantidor do Pronampe: criado
pelo governo para cobrir risco do uso de recursos próprios dos bancos. Cobre
até 100% do valor de cada empréstimo (limite global de 85% da carteira à qual a
linha de crédito estiver vinculada no banco credenciado)
Uso do Fundo Garantidor
§ Recursos devem cobrir 80% do valor emprestado a
microempresas e 20% para pequenas empresas (este detalhe gera preocupação, pois
deixaria de fora muitos pleitos de pequenos empresário)
Prazo para fazer operações
§ Bancos podem fazer contratações até 19 de novembro de 2020,
prazo que foi prorrogação.
Fonte: Site do Banco do Brasil /Jornal do Comércio do RS
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