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Entenda o que é compliance tributário e por que vale a pena estar em conformidade


Publicada em 17/03/2022 às 12:00h 


O compliance tributário é o novo diferencial competitivo das empresas que se preocupam com sua reputação no mercado.



Esse termo pode ser traduzido para "conformidade" e representa o cumprimento das leis, normas e regulamentos no mundo dos negócios.



Mais do que garantir a regularidade da sua empresa, o compliance fortalece sua imagem, previne fraudes, mitiga riscos e abre caminho para novas oportunidades de negócio.



No âmbito tributário, ele também pode ser um aliado para a geração de caixa, como veremos ao longo do artigo.



Leia até o fim e entenda por que vale a pena estar em compliance.



O que é compliance e como funciona o compliance tributário?


Compliance é um conceito que representa a conformidade com leis, normas e regulamentos internos e externos no mundo empresarial.



O termo tem origem no verbo inglês to comply, que expressa a ideia de agir conforme regras e padrões estabelecidos.



Quando dizemos que uma empresa ou processo "está em compliance", significa que todas as normas e leis aplicáveis estão sendo cumpridas, como uma forma de garantir a integridade, ética e transparência do negócio. 



Por isso, as organizações criaram suas próprias áreas de compliance para instituir disciplinas e procedimentos que asseguram o cumprimento da legislação.



No Brasil, o termo também está diretamente relacionado às práticas antifraude e anticorrupção, que são essenciais para a reputação das empresas.



Na prática, os programas de compliance existem para guiar o negócio no caminho certo e criar uma conduta íntegra, e são relevantes em várias áreas das empresas - da contabilidade às relações públicas.



Para que serve o compliance?



O compliance tributário serve basicamente para garantir a integridade e cumprimento de normas, leis, regras e padrões nas empresas.



Se pararmos para pensar, as organizações têm várias obrigações legais e regulatórias para seguir no seu dia a dia. 



É preciso cumprir leis trabalhistas, manter as obrigações fiscais em dia, respeitar a legislação ambiental, praticar uma concorrência justa, e várias outras regras.



Além disso, é fundamental que as empresas se atentem ao risco de fraudes, corrupção e sonegação fiscal, criando mecanismos para coibir e prevenir essas práticas.




Podemos citar como objetivos do compliance:

 
·  Identificar as leis, normas e padrões que são relevantes e podem impactar a empresa

 
·  Prever, identificar e mitigar riscos de conformidade

 
·  Prevenir fraudes 

 
·  Estabelecer instrumentos normativos e de fiscalização interna

 
·  Criar códigos de conduta, manuais e procedimentos internos

 
·  Realizar auditorias frequentes 

 
·  Permitir denúncias dentro da empresa

 
·  Criar uma cultura íntegra e transparente

 
·  Fortalecer a reputação da empresa no mercado e transmitir confiança a clientes, sócios, acionistas, colaboradores, parceiros e comunidade em geral.

 


Por que vale a pena investir em compliance?


O compliance se tornou uma área estratégica, pois cada vez mais é cobrada uma postura íntegra das empresas.



No mundo todo, vivemos uma "crise de confiança" no mercado, e os escândalos de corrupção envolvendo empresas brasileiras que dominaram as manchetes nos últimos anos só pioram a situação.



Por isso, cada vez mais organizações investem em compliance para prevenir riscos, proteger sua reputação e aumentar sua vantagem competitiva. 



Prova disso é que 83% das empresas brasileiras afirmam ter um programa de ética e compliance eficiente, segundo a Pesquisa de Maturidade de Compliance no Brasil publicada pela KPMG em 2019.



Via de regra, empresas que se preocupam com a conformidade têm uma imagem mais positiva no mercado, possuem mais controle sobre seus processos e conseguem alinhar melhor seus colaboradores internamente. 



Os 8 pilares do compliance


Um bom programa de compliance deve ser estruturado sobre alguns pilares fundamentais. 



Veja quais são eles:



1.   Compromisso dos líderes:
 a liderança deve dar o exemplo e se comprometer com o compliance acima de tudo, adotando as melhores práticas na empresa

 

2.   Autonomia de gestão:  o programa de compliance precisa de autonomia para tomar decisões e investigar irregularidades

 

3.   Análise e prevenção de riscos:  a gestão de riscos é parte elementar do compliance e deve ser construída a partir do nível de risco ao qual a empresa está exposta

 

4.   Código de conduta:  o código de conduta é o coração do programa de compliance, e serve como ponto de partida para a criação de políticas e processos

 

5.   Controles internos:  os mecanismos de controle interno garantem que as políticas de compliance estão sendo cumpridas (Ex: aprovações, assinaturas, controle de acesso, etc.)

 

6.   Canais de denúncia:  são fundamentais para permitir que os colaboradores relatem qualquer irregularidade e contribuam com o compliance

 

7.   Treinamento e comunicação:  todo programa de compliance precisa de treinamentos e uma comunicação efetiva para surtir efeito na cultura interna

 

8.   Monitoramento e investigação : depois de implementar o programa de compliance, é preciso monitorar as práticas constantemente e investigar qualquer ação suspeita, além de instituir medidas disciplinares (Ex: advertências).

 


Como criar um programa de compliance na sua empresa


Agora que você entendeu melhor o que significa compliance, precisa saber como implementar um programa desse tipo na sua empresa.



Veja alguns passos essenciais para isso.

 

1. Crie um código de conduta


A base do programa de compliance é o código de conduta, que é basicamente um documento com todas as normas e políticas da organização. 


Alguns pontos que não podem faltar são princípios e valores do negócio, regras para relacionamento com stakeholders, soluções para conflitos de interesse, práticas de gestão de riscos e tratamento de denúncias recebidas na empresa.


Geralmente, as empresas publicam abertamente seus códigos de conduta, e você pode usá-los como referência para criar o seu. 

 


2. Tenha uma equipe responsável


Não adianta criar um programa de compliance e deixá-lo só no papel: é preciso ter pessoas responsáveis pela implementação e monitoramento.



Em empresas maiores, existe o Chief Compliance Officer (CCO), mas também é possível criar um comitê de compliance com profissionais de diversas áreas. 

 


3. Analise os riscos da empresa


As empresas estão expostas a diferentes níveis de risco, e é tarefa do compliance analisar esse cenário.



Por exemplo, uma empresa que participa de licitações precisa ter atenção redobrada com os contratos e o compliance contábil e financeiro, pois os riscos de fraudes fazem parte do processo.



Já empresas que possuem uma folha de pagamento extensa devem estar atentas ao compliance tributário e trabalhista, devido à complexidade da legislação e riscos de crimes fiscais e processos trabalhistas.

 


4. Crie políticas e processos


Você deverá definir as políticas e processos para cumprimento das normas do programa de compliance.


Por exemplo, é possível condicionar certas contratações à aprovação do comitê de compliance, implementar auditorias contábeis periódicas, encorajar a transparência com um sistema aberto de documentos, etc.

 

 

5. Crie canais de comunicação



O compliance deve ter canais de comunicação sempre abertos com todos os colaboradores da empresa.



Assim, as pessoas podem fazer denúncias, relatar práticas suspeitas, sugerir mudanças, etc.

 


6. Comunique e treine sua equipe



O programa de compliance deve ser transmitido a todos os colaboradores com esforços internos de comunicação e capacitação.



É importante que as pessoas abracem a causa da conformidade e se engajem no cumprimento das normas, como forma de criar uma cultura mais transparente e justa.






Fonte: AG Capital

 

 



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