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Criptomoedas e tokenização: como a economia do futuro mudará nossa vida


Publicada em 24/08/2022 às 08:00h 

Dinheiro digital é a principal tendência do mercado. Analistas Tasso Lago e Jader Nogueira falam ao Metrópoles sobre os desafios e riscos



O dinheiro físico, confeccionado em papel e em metal, certamente não deixará de existir. Contudo, o surgimento de novas tecnologias tem modificado a forma como a economia e o mercando financeiro se comportam. Dois termos têm ganhado notoriedade: criptomoedas e, mais recentemente, tokenização.


Essas formas de lidar com o dinheiro vão impactar diretamente a vida das pessoas e a economia global. O Metrópoles reuniu especialistas para discutir quais são os riscos, as deficiências do Brasil e no que o consumidor deve estar atento.


Nas últimas semanas, grandes empresas como a empresa de investimentos XP, o banco BTG Pactual e o aplicativo de pagamentos PicPay anunciaram investimentos em serviços de criptomoedas.


Na esfera governamental, o Banco Central iniciará testes com Real Digital, versão eletrônica do real, já no próximo ano. Se tudo sair como o planejado pela autoridade monetária, a moeda será lançada em 2024.


Entenda o que é tokenização e criptomoedas:


·  Tokenização: é transformar qualquer ativo do mundo físico, como um bem, produto ou mercadoria, em um ativo completamente digital. O movimento cria uma nova forma de negociar ativos tradicionais do mercado financeiro, como ouro, petróleo, commodities e imóveis.


·  Criptomoedas: são moedas digitais, que só existem na internet. Não existe um órgão ou governo responsável por controlar, intermediar e autorizar emissões de moedas, transferências e outras operações. Ela operam num sistema chamado blockchain, que permitem o envio e o recebimento de alguns tipos de informação.


Durante evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, frisou ao mercado que o Brasil está vivendo um processo de tokenização da economia iniciado com o Pix, passando pelo open finance (compartilhamento padronizado de dados sobre produtos, informações financeiras e serviços pelas instituições) e que chegará na moeda digital brasileira.


"Estamos bastante avançados nessa jornada em direção a um sistema financeiro mais integrado e mais digital", afirmou o executivo, durante uma das mais concorridas palestras do evento", frisou durante o evento.


Caminho sem volta


O analista Tasso Lago, especialista em gestão de fundos privados de criptomoedas e fundador da Financial Move, explica que o uso de criptomoedas e a tokenização da economia são tendências que não perderão força. "Esse é o mecanismo mais eficiente em termos de uso financeiro e que possibilita mais pessoas terem acesso a possibilidade de investimento tornado o capital mais liquido e barato", defende.


Para ele, o Brasil precisa criar leis que regulem o setor e fortaleçam a fiscalização. "O desafio do país é a legislação que é morosa. Com isso, diversos investimentos são feitos fora do país em criptomoedas", pondera.


Legislação


O projeto de lei 3.825/2019, aprovado no Senado e que aguarda análise da Câmara, propõe, entre outros pontos, a regulamentação dos criptoativos, a regulamentação de prestadoras de serviços de ativos digitais e penalidades para crimes.


O analista e educar financeiro Jader Nogueira, especializado em investimentos e curto prazo no mercado financeiro, é categórico: a modernização qualifica o setor, o que atrai mais investidores.


"Com a aprovação dessa lei o Brasil terá muito a ganhar, pois as portas estariam sendo abertas para os maiores e mais qualificados investidores do Brasil e do mundo. A legalização do criptomercado será fundamental", resume.


Desde agosto de 2019, operações com criptoativos precisam ser declaradas à Receita Federal.


Os números do setor, segundo a Receita Federal:


·  O número de pessoas físicas envolvidas no mercado de criptomoedas quase dobrou, passando de 186.721, no primeiro mês da obrigatoriedade, para 325.066 em fevereiro deste ano.


·  Já o número de pessoas jurídicas quase quadruplicou, indo de 2.261 para 8.591 no mesmo período.


·  A movimentação do setor cresceu 120%, saltando de R$ 91,4 bilhões em 2020 para R$ 201,5 bilhões em 2021.


·  Nos dois primeiros meses deste ano, dados mais recentes, o volume alcançou os R$ 23,5 bilhões.








Fonte: Metrópoles





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