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Síndrome de Burnout continua em alta no país; veja como proteger sua equipe


Publicada em 02/01/2024 às 10:00h 


Mais de 30% dos brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout, mas empregadores podem ajudar a reduzir esse número


Deixar tudo em ordem para o final de ano é um desafio para os profissionais de finanças e contabilidade, que além de "fechar o ano" das empresas, ainda têm que se preparar antecipadamente para as demandas de 2024.


Por esses motivos e também pelo cansaço acumulado, o período de final de ano é sempre um dos mais conturbados para as empresas e também para os colaboradores. Embora sejam parte integral do trabalho, essas obrigações impactam negativamente as equipes e tornam o período difícil para os colaboradores.


A síndrome de burnout, ou esgotamento, continua em alta no país e o Brasil é o segundo país com maior número de casos diagnosticados, de acordo com um estudo da International Stress Management Association (Isma). Além desse levantamento, dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt) revelam que aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome.


Assim a doença se torna uma preocupação ainda maior no período, principalmente nas equipes de finanças e contabilidade. É um problema que tem assolado o mundo corporativo há muito tempo, sem sinais de alívio, mesmo com modelos de trabalho híbridos em vigor.


O esgotamento dos colaboradores pode ser particularmente prejudicial durante o processo de contabilidade de fim de ano e é conhecido por diminuir a produtividade, prejudicar o engajamento e até causar problemas físicos e mentais.


O esgotamento e a falta de motivação no ambiente de trabalho não são sensações normais no dia a dia e sim sintomas da síndrome de burnout.


Essa enfermidade pode ter como principal causa o ambiente de trabalho, o que torna a empresa a principal responsável pela condição mental do profissional. Sendo assim, a companhia tem um papel fundamental para evitar esse problema, manter a produtividade dos seus colaboradores e prevenir, inclusive, possíveis consequências jurídicas.


Pensando nisso, a empresa especialista em recrutamento Robert Half separou as principais informações sobre a síndrome de burnout para você evitar que aconteça com seus colaboradores. Acompanhe!


O que é a síndrome de burnout?


A síndrome de burnout é um distúrbio emocional que causa estresse, exaustão em excesso, esgotamento mental e físico. A doença é consequência de situações que envolvem competitividade ou responsabilidade extrema, o que é muito comum em ambientes profissionais. Atualmente, o transtorno é incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID-10).


Apesar dos dados da Isma, de acordo o Jornal da USP, especialistas acreditam que esse número cresceu ainda mais após a pandemia, por motivos como:


·  Aumento na quantidade de trabalho;


·  Maiores exigências nas tarefas;


·  Mais produtividade nas entregas;


·  Falta de férias;


·  Sobrecarga de horários;


·  Falta de limite entre vida pessoal e profissional;


·  Medo de perder o cargo, entre outros.



Quais são os principais sintomas da síndrome de burnout?


Identificar os sintomas da síndrome de burnout ajuda as empresas na criação de iniciativas que colaboram com os cuidados com a saúde mental dos colaboradores. Conheça os principais, a seguir!


Exaustão e esgotamento


Esses sintomas são os primeiros indicadores do transtorno que pode ser manifestado de forma física, como dores de cabeça, fadiga crônica, excesso de sono ou insônia, falta de ar, entre outros; e psicoemocionais, por exemplo, falta de concentração, frustração, impotência e lapsos de memória.


Atitudes negativistas


Nesse caso, o profissional deixa de realizar as funções por medo de se comprometer e dar errado, tanto em relação ao trabalho quanto sobre si mesmo. Com isso, algumas situações causam ao indivíduo a sensação de irritação, impotência e sentimento de derrota, as quais podem levar à ansiedade e depressão.


Falta de motivação


Esse sintoma é facilmente confundido com preguiça no ambiente de trabalho. Dessa forma, os colaboradores perdem o entusiasmo e ficam desmotivados na realização das funções. O motivo pode ou não ser provocado por situações no próprio ambiente profissional, ocasionando atrasos ou baixa qualidade nas tarefas.


Tendência ao isolamento e a problemas interpessoais


Os sintomas da síndrome de burnout podem afetar o relacionamento do profissional com os colegas de trabalho. Dessa maneira, o tratamento é mantido com descaso e cinismo pelo colaborador. Com isso, o indivíduo tende ao isolamento, deixando de cumprir tarefas ou de se envolver nas atividades sociais da empresa.


Problemas de saúde


Em estágios mais avançados da síndrome de burnout, os sintomas são manifestados com mais intensidade em forma de problemas de saúde. O estresse e a ansiedade que acompanham o transtorno, por exemplo, podem causar problemas gastrointestinais, enxaqueca, palpitações cardíacas, tontura, desmaio e dores no peito.


Além disso, a falta de alimentação adequada e o descuido com a própria saúde são outros fatores que acompanham a síndrome de burnout. Isso
pode levar a condições de baixa imunidade, facilitando o desenvolvimento de doenças no profissional, como infecções, gripes, resfriados, entre 

outros.


Como evitar que a síndrome de burnout afete os colaboradores?


É possível começar a adotar algumas práticas para prevenir e tratar os sintomas da síndrome de burnout na sua empresa. Consiste em medidas simples que promovem bons resultados a longo prazo para a saúde mental da equipe (e até para os resultados da organização). Conheça alguns, a seguir!


Cuide da saúde mental dos colaboradores


Um diálogo aberto entre os colaboradores e a empresa faz toda a diferença. Com isso, é possível identificar as dificuldades enfrentadas pelos profissionais diariamente no ambiente de trabalho e encontrar soluções para cuidar da saúde mental do time. Essa abertura também é importante para a companhia alinhar as expectativas em relação à equipe, o que evita cobranças excessivas.


Incentive uma alimentação equilibrada e a prática de exercícios


Uma dieta balanceada, com a ingestão de vitaminas e nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo, é ideal para repor as energias, manter a saúde e deixar os funcionários mais dispostos. Por isso, inclua os programas de bem-estar na sua empresa, os quais promovem a alimentação saudável e a prática de atividades físicas.


Com isso, ofereça frutas, sucos naturais, chás, entre outros alimentos saudáveis no ambiente de trabalho. Além disso, uma ótima estratégia é disponibilizar sessões rápidas de alongamento, meditação ou massagem no local.


Ofereça momentos de lazer e relaxamento


O descanso é fundamental para a mente e o corpo, contribuindo para prevenir e tratar os sintomas da síndrome de burnout. Por isso, ofereça alguns instantes e diferentes opções de relaxamento para a equipe. Por exemplo, programe um momento de lazer com o time, conforme a preferência da maioria, para fortalecer o espírito de equipe e o relacionamento interpessoal.


Analise a intensidade das cobranças


As cobranças levam ao estresse e esgotamento do colaborador, um dos principais sintomas da síndrome de burnout. Esse é o resultado da busca pela perfeição que o profissional cobra de si mesmo. Por isso, é preciso equilibrar a intensidade das cobranças e saber como dar feedbacks construtivos para não afetar a saúde mental do indivíduo.


Cultive relacionamentos saudáveis no ambiente de trabalho


Uma convivência mais saudável é fundamental para manter a saúde mental dos colaboradores. Sendo assim, incentive a gentileza, cooperação e cordialidade entre os profissionais. Certamente, essa prática vai tornar os dias menos estressantes e mais produtivo para todos.




Fonte: Portal Contábeis /
Robert Half





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