O
comércio eletrônico brasileiro tem crescido nacionalmente e está se tornando
cada vez mais descentralizado, alavancado pelas vendas e entregas de pacotes de
pequenas e médias empresas (PMEs). Segundo o novo levantamento do Mapa da
Logística, realizado pela Loggi com dados do segundo trimestre deste ano, os
empreendedores de pequenas e médias empresas (PMEs) estão presentes em
diferentes regiões e fazem seus envios de forma mais pulverizada em todo o
país, refletindo uma maior diversificação de origem de pacotes, por exemplo,
com apenas 40% do volume vindo de São Paulo, já 65% do volume das grandes
empresas são originadas do estado paulista.
Entre as regiões de
maior destaque no envio de pacotes por pequenas e médias empresas (PMEs) estão
estados como Santa Catarina, sendo que 16% dos pacotes deste segmento partem da
região, número maior comparado a de grandes empresas (6,5%). Na sequência, está
Minas Gerais, com 10% das remessas de pequenos e médios negócios, frente a 5%
dos grandes e-commerces, e no Paraná, 9% dos pacotes das pequenas e médias
empresas (PMEs) partindo do estado, enquanto grandes empresas possuem apenas 3%
do volume.
A pesquisa revela
ainda que existe um movimento e tendência de vendas e envios de mercadorias das
pequenas e médias empresas (PMEs) para a região Sul do Brasil, com 18% do
volume para esta região, quando comparado a grandes empresas (14%), indicando
um perfil de consumo e oportunidades para empreendedores digitais em estados
como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Além disso, os
pequenos negócios se destacaram neste período por comercializarem produtos com
maior valor médio por pedido, atingindo R$ 217,00 por transação - 21% acima do
registrado por grandes marcas, 51% maior do que os grandes marketplaces. Esse
comportamento evidencia um posicionamento diferenciado desses empreendedores,
com foco em itens de maior valor agregado e potencial de margem.
Modelos de envios de pequenas e médias empresas (PMEs)
Em
busca de mais praticidade e economia, o Mapa da Logística aponta que as
pequenas e médias empresas (PMEs) têm adotado um modelo mais flexível para
envios nacionais, e costumam optar por diferentes soluções logísticas, levando
em consideração a necessidade e a demanda. Atualmente, 30% dos envios são
feitos por grade fixa, ou seja, com periodicidade definida para coleta de
pacotes, enquanto 40% utilizam coleta pulverizada com variação de dia e hora,
enquanto 30% operam via pontos de recebimento de pacotes (do conceito de Pick
up and Drop off points - PUDOs), onde é possível levar até um lugar
credenciado, ter mais autonomia e obter preços reduzidos.
Principais regiões do e-commerce no Brasil
O levantamento do
Mapa da Logística traz também um amplo balanço de envios nacionais,
considerando pequenos, médios e grandes negócios. Neste segundo trimestre do
ano, há um destaque para o eixo Sul-Sudeste e o Nordeste como as regiões que
mais enviaram e receberam pacotes, além da forte presença no Centro-Oeste,
principalmente em Goiás. Vale destacar os estados que tiveram maior crescimento
no envio de pacotes durante o período: Santa Catarina (275%), Rio Grande do Sul
(175%), Goiás (167%), Espírito Santo (124%) e Minas Gerais (45%).
Para entregas
nacionais, aproximadamente metade de todo o volume transportado no Brasil chega
ao destino em até 2 dias - índice fundamental para sustentar a competitividade
do e-commerce nacional - e 60% em 3 dias, mostrando avanço constante de
eficiência do setor de logística no país.
Categorias mais consumidas pelos brasileiros
De modo geral, em
todos os segmentos de negócios (pequenos, médios e grandes empresas) a
categoria de maior destaque foi a de vestuário e moda, que liderou o consumo em
três regiões (Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Esse resultado teve forte impacto
pelas datas comemorativas que impulsionam o varejo entre maio e junho deste ano
- entre elas Dia das Mães e Dia dos Namorados. Outro segmento que cresceu neste
período foi o de serviços financeiros (exemplos: cartões, máquinas de pagamento
etc), que liderou nas regiões Nordeste e Norte, que podem estar atrelados ao
crescimento de bancos digitais e microempreendedorismo.
Também tiveram
outros tipos de produtos que demonstram o comportamento e os hábitos de consumo
dos brasileiros que mais cresceram no 2° trimestre do ano, comparado com o
mesmo período do ano passado, como óticas (302%), farmácias (204%), artigos
esportivos (196%), jóias e bijuterias (144%), jogos e brinquedos (126%), entre
outros.
Datas comemorativas
As datas
comemorativas foram importantes períodos que impulsionaram o e-commerce no
país. Durante a Semana do Dia das Mães, em maio, os envios nacionais cresceram
em comparação ao mesmo período de 2024, para pequenos negócios (143%). Entre os
produtos comercializados estão vestuário e moda, com crescimento expressivo de
214% comparado ao ano anterior, seguido por jóias e bijuterias com 198%, e
depois cosméticos e perfumaria com 103%.
Já na Semana do Dia
dos Namorados, também se manteve a tendência de crescimento, em relação ao mesmo
momento do ano anterior, para os pequenos negócios (121%). Sendo um resultado
bastante positivo, inclusive quando comparado com as grandes marcas (6%).
Fonte:
Tiinside, com edição do texto pela M&M
Assessoria Contábil